Postagens

Dias correntes

A semana que vai se encerrando acomodou um dia dedicado aos jornalistas e aos profissionais da saúde, sendo que o sete, nesse caso, é resultado de conta verdadeira. Aproveitamos para lembrar os perrengues de quatro anos atrás com a pandemia e a importância tanto da notícia confiável quanto dos médicos, enfermeiros e demais profissionais da saúde. Dizem que, com a internet, a notícia chega livremente, sem intermediários. Pela qualidade da desinformação que os grupos de que participo divulga, entendo o quanto retrocedemos. Antes, cobrávamos a falta de contrapontos nas opiniões, hoje, a mentira corre solta sem ninguém para segurá-la. Fui comprar o jornal de Rio Claro em que publico crônicas quinzenais e perguntei à dona da banca se o preço se mantinha em 3 reais. Ela, indignada, disse que sim, mesmo porque, com aquela "finura" de edição, não poderiam sonhar em aumentar o preço. "Eu aqui dou muito mais notícia do que este jornal", afirmou, fazendo-me imaginar a confiabi

Diplomacia no exército fantasma

A tela em branco contrasta com o papel escuro e repete a ausência de ideias. Um fantasma que paira ao lado de quem retrata em palavras o que pensa. Dizem - e eu já disse também - que copiar trechos antigos pode ajudar nesse processo de travamento. Os meus cadernos de capa dura, no entanto, ficam cada vez mais vazios. O tempo passa carregando inusitados e pitorescos aspectos e fatos cotidianos que deveriam ser lá registrados. Quanto mais tempo presente, mais passivo nos cadernos. Ou seja, o exército de procrastinação batalha junto à cegueira branca, abusando do contraste com Saramago. Este blog contribui para o atraso, retirando tempo precioso da escrita à mão e roubando assuntos que poderiam estar lá escondidos. Ninguém lerá os cadernos, e o blog tem sua centena cativa de leitores. Minha indecifrável letra não será traduzida por especialistas, pois não haverá interesse em garranchos deixados por um incógnito. Não é um Lima Barreto ou Euclydes da Cunha dos quais todos rabiscos deixados

Coelhos mágicos

A impunidade tem preço. Seis anos de demora em alguns casos, um milhão de euros em outros. Descubro que é possível viajar para outros países fora do Mercosul sem passaporte. Sem visto eu sei que é possível. Mas é preciso ter contatos criminosos adequados, o que dispenso. A Justiça vai aos poucos mostrando que pode funcionar, mas o tempo ainda é sócio da impunidade. O poder econômico continua a mostrar seu peso, em reais, dólares ou outras moedas, pois a conversão de prisão em multas dá o direito de delinquir e praticar crimes e contravenções. Convém citar um trecho da crônica de Lima Barreto "O único assassinato de Cazuza", de 1922, que pode ser lida no site 'domínio público' ( http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua000169.pdf ), em que o personagem afirma que a fortuna dos políticos "se alicerça no crime, no assassinato". O pior é que vai se consolidando a imagem de uma Justiça parcial, ineficaz, tardia, uma ilusão para a população. E muitos dos

Piano de uma nota só e tecla quebrada

Alunos se surpreenderam com a existência - ou resistência - de um orelhão à frente da biblioteca no campus da Unesp de Rio Claro. Fizemos uma visita à universidade em que eles desenvolvem atividades de pesquisa científica complementares à formação técnica do Instituto Federal em Hortolândia. O campus é distante do laboratório, oficialmente um instituto separado, uma unidade complementar ligada diretamente à Reitoria. A área á bem arborizada, chamativa para caminhadas, descansos e reflexões. Vimos a biblioteca por fora, dando uma olhadela para o interior com mesas de jogos, almofadas, espaço de lazer e recreação. Sim, isso é a biblioteca moderna, não um local em que livros são apenas depositados e ficam à disposição. Eles também estão lá, mas o cardápio que uma biblioteca oferece ultrapassou os limites de um restaurante do saber e do conhecimento. Os alunos até sabem como funciona o artefato de telecomunicação, sem ler um manual correspondente, mas desconhecem que um dia foi alimentado

Dólares reais

Os economistas lembram do aniversário de 30 anos da URV, antecessora do Real, a moeda e o plano de mesmo nome que vieram para "acabar de vez" com a inflação no Brasil. Ao menos trouxeram esse componente financeiro para níveis aceitáveis, em que os valores de aumento de preços são anuais e não diários, como naquele final de anos 1980 e começo dos 1990. A economia tenta explicar e dar respostas, mas, no máximo, é falha na previsão do passado. Com muitas fórmulas e cálculos complexos, conclui que o mercado é instável, volúvel, nervoso, aflito, agitado, calmo, esperançoso e demais características humanas um tanto distantes da exatidão que se possa esperar com tanta matemática envolvida. Em relação ao Plano Real, a geração nascida depois disso, que viu também a expansão das conquistas sociais dos governos de centro-direita e social-democrata até os anos 2010-2015, mais ou menos, não sabe o que é hiperinflação e falta de acesso a universidades, SUS, políticas inclusivas, e um longo

Marte mulher

O mês de março é devotado a Marte, segundo a etimologia do nome. É paradoxal que o período em que fixamos comemorações referentes às lutas das mulheres esteja atrelado ao deus grego da guerra. Lutas e guerras parecem se opor quando é a esperança e a busca por uma vida melhor que são os objetivos. Mas não, vitórias advêm do embate; o que é ganhado não é conquistado. Marte e Vênus possuem características mitológicas opostas, mas, que na verdade, se complementam. Nossa criatividade transcende a lógica, portanto. Em relação ao dia internacional de luta das Mulheres, plasmei a seguinte trova, devidamente postada nos grupos de trovadores: Feminista, feminina, / pode tudo isso a mulher; / somente ela determina / ser feliz onde quiser. A trova moderna é uma composição de quatro versos, rimando o primeiro com o terceiro, e o segundo com o quarto, cada um com sete sílabas fonéticas (diferentes das sílabas gramaticais) e com sentido completo. A definição é essa e se a trova é realmente trova fic

Casca de banana

Sonhei que me arrancavam a perna. Acordei com um grito de dor e forte cãibra. Que pesadelo mais real! O desbalanço de eletrólitos no corpo faz com que contrações musculares involuntárias possam acontecer. Os atletas de alto rendimento sabem bem disso e é comum em partidas de tênis, por exemplo, eles desfrutarem de bananas nos intervalos. Não que o alimento signifique reposição imediata de potássio - um dos principais íons que compõem esse conjunto -, mas em organismo de metabolismo acelerado faz um grande efeito. No meu caso, torci para que a dor passasse rápido, com toque e massagem na batata da perna. Demorou, mas consegui levantar e arrastar a perna ao longo do dia, pensando naquele pesadelo que foi agregado a outros, de memória duvidosa. Parecia que estava em um desfile de loucos criminosos pela avenida! Pensei que poderia ganhar cinquentinha para ser filmado pelo drone, mas a índole falou mais alto e disse não. Além disso, a dor seria maior ainda ( https://www.brasil247.com/blog/o

Mil parágrafos

Com este são mil parágrafos publicados. Uma atividade que se tornou um desafio semanal. Os três parágrafos propostos se baseavam na constatação de que o jovem, hoje, não vai além disso na leitura, imaginando, é claro, parágrafos bem mais curtos do que estes que aqui escrevo. Sejam crônicas, sejam divulgação, seja divagação ou reflexão, o blog não tem uma identidade canônica. Compartilhar ideias e opiniões é o objetivo primeiro. O endereço anterior do blog, com 41 postagens - e 123 parágrafos -, não está mais ativo, ao contrário do que eu pensava. O UOL não é tão confiável assim como parece. Pelo Gmail, até aqui nesta 293a. publicação, não impuseram cobranças ou compromissos, tirando a invasão que o blog sofreu dois anos atrás ( https://adilson3paragrafos.blogspot.com/2021/12/sustos-e-contratempos-documentais.html ). A contagem automática de acessos ao blog está se aproximando de 40 mil visualizações e de 700 comentários. Para quem não é subcelebridade cibernética, está muito bom! Leito

Diversão

A ressaca poderia ser a desculpa para estes parágrafos tardios, o que tento evitar. Evitar a desculpa, não a ressaca. Teremos um encontro poético pós-carnaval neste sábado, 16 de fevereiro, a partir das 10 h na Biblioteca Pública Municipal "Professor Ernesto Manuel Zink", inaugurando as atividades dos trovadores em ação. Encontro que será divertido além de instrutivo. Brincar e brigar com os quatro versos mágicos e rimados, de sentido completo, e  que formam a trova é o desafio desta manhã. A biblioteca é um dos muitos espaços públicos de cultura do município, esperando que a intensa programação deste ano não seja apenas pelos 250 anos de Campinas e pelas eleições e reeleições vindouras. Saberemos apenas no ano que vem, mas o calejado corpo sabe que as necessidades públicas mantêm distância segura dos interesses privados. Quer dizer, tudo poderia ser de todos, mas o pronome que resta é o meu. Semana passada, em artigo publicado no Correio Popular de Campinas (Matemágicas), es

Blog pré-carnavalesco

Tudo e todos fazem ou fizeram aniversário neste início de fevereiro e final de janeiro. Luís de Camões parece ter nascido por estes dias em 1524, há exato meio milênio. Henfil completaria 80 anos, e já são 20 anos tanto do início do já extinto Orkut, quanto do ainda sobrevivente Facebook. O sumiço do Boeing da Varig, que saiu do Japão vindo para o Brasil, completa 45 anos. Essa é uma história das mais incríveis, pois o comandante do voo, Gilberto Araújo da Silva, era o mesmo que pilotava outro jato que caiu em Paris em 1973. Minha filha e um de meus ex-alunos de doutorado sopram velinhas e já são 20 anos da morte de Hilda Hilst. Para enaltecer a querida poeta, resgato o que, em novembro de 2020, escrevi para o Jornal da Cidade Bauru ( Inéditos cotidianos , 28/11/2020): "Na Casa do Sol, em Campinas, pesquisadores descobrem papeizinhos de Hilda Hilst enfiados em seus livros que revelam a gênese de poemas". Outras festividades e alegrias acontecem na semana que antecede o carnav

Espaço vital

O mês de fevereiro está começando, sinal que as férias terminaram. O tempo de descanso é um espaço vital, distorcendo os ensinamentos e a ciência de Albert Einstein. O blog e o bloco estão na rua, agora, cada qual causando alegrias, alegorias e angústias. A tv já mostra a festança carnavalesca em curso junto aos que reclamam dos transtornos da ocupação física e sonora do mesmo espaço. O ar que respiramos é o mesmo que transmite o som, quer queiram os ouvidos ou não. Ouvidos sentidos, dirão os que não toleram o Carnaval. Já brinquei muito no passado e hoje apenas pularei, pularei os dias para chegar em outros, uma ponte feita de livros e leituras. Mas a questão do espaço é crucial, para festas ou não são ocupações necessárias e ilegais com as quais convivemos, destacadas nestes dias de fortes chuvas, enchentes e desmoronamentos. Dizem que o caipira vê com olho gordo a amplitude do espaço onde está e logo quer ocupar o entorno, com sua roça, seus bichos, seus matos, sua vida. Posso estar

Literatura da morte

Os comentários às postagens neste blog não são moderados. Essa foi uma prerrogativa desde o início, em outro endereço, que já vai completando seis anos. Apenas quando sinto que há ofensa, eu os removo. Isso aconteceu duas vezes. O blog é opinativo, mais próximo à crônica do que à ficção, mas não me furto de alguns exageros, elisões e outras figuras da retórica para falar com palavras escritas. Palavras que julgo serem bem vivas, mesmo quando carregam alguma morbidez. Quanto aos comentários, é notório quando adentram a fértil imaginação, confundindo opinião ruim com ficção mediana. Seriam hilários, não fossem perigosos por conterem apologia a crimes e pregarem uma narrativa da negação da realidade como se verdade fossem. Tornam-se mortais quando não devidamente filtrados. Filtrados por quem os lê, não censurados pelo blogueiro. Continuam sendo opiniões? Bem, até certo ponto. Lamento apenas que esses autores não consigam enxergar que estão sendo manobrados por interesses escusos ou deles

A culpa é das palavras

Concluí a leitura de Baviera Tropical , de Betina Anton. Aprendi bastante sobre a crueza com que os nazistas fizeram seus experimentos genéticos, alguns amparados por uma pseudociência eugênica, não muito diferente da que assistimos dois, três anos atrás que levou à morte meio milhão de brasileiros com o atraso de vacinas e estímulo a "drogas milagrosas" durante a pandemia do coronavírus. O livro fala da vida e da morte de Josef Mengele no Brasil, em estilo estimulante à leitura, com farta documentação da época e entrevistas realizadas pela autora, tecendo um conjunto de palavras muito coeso e convincente. A leitura não é automática porque não consigo ler sem anotar. Comentários e dúvidas são registrados em cadernos à parte, pois nunca tive o hábito de rabiscar livros. Já discorri sobre a importância da marginália de bibliotecas de filósofos e outros estudiosos do conhecimento. Ademais, continuo - também com anotações - as demais obras em leituras paralelas, aproveitando o re

Leituras e correções

No domingo foi Dia do Leitor, como também foi dia de respirar. Respire e inspire-se. Amanhã também será dia de respirar, portanto... Ler e ser: sei que é lei. Começo o ano para concluir as biografias de Fernando Pessoa e Ângela Maria e iniciando Salvar o Fogo , do Itamar Vieira Júnior, presente de meu sobrinho no Natal. Na fila estão vários outros, da passagem de Mengele pelo Brasil ( Baviera Tropical , de Betina Anton) a uma quase réplica do relato de Lima Barreto quando internado em hospício, pouco antes de morrer. O livro chama-se Uma temporada no inferno , escrito por Henrique Marques Samyn, obra recomendada no site da revista piauí  ( https://piaui.folha.uol.com.br/o-que-ler-ouvir-e-assistir-enquanto-o-ano-nao-termina/ ). Natalia Timerman com seu  As pequenas chances , um relato sobre o luto, é outro que foi iniciado junto com o novo ano. Sim, não consigo me ater a apenas uma obra na leitura. Ainda falando em Natal, li a edição de dezembro da revista piauí . Após 18 anos, tempo de

Re-esperançar

Ano Novo, além da mudança de calendário, que mudemos algo na vida. Re-esperançar foi a palavra que resumiu 2023; de construção foi o saldo. Na primeira passagem de ano deste blog, ainda no endereço antigo, a principal perspectiva não era para o ano que se iniciava, mas para o seguinte, ou seja, o equivalente a planejar 2025 agora, pois o ano em curso já estava "saturado", conforme escrevi em 28/12/2017. Aquele viria a ser o ano de 2018 com tanta angústia e retrocesso. Mas agora, não. O ano em curso é de construção, como disse antes. Mesmo assim, minhas listas de promessas, compromissos, desejos e equivalentes continuam quase idênticas às dos anos anteriores. Há um passivo existencial que teima em não ser resolvido com novas folhinhas com gatinhos fofinhos na parede. O diminutivo de substantivos e adjetivos, porém, não diminui a seriedade com que as coisas mundanas devem ser tratadas.  Houve mais leitores na postagem de fim de ano do que nas semanas anteriores. Pensando que es

Finalizando

É o fim, finalmente! Daqui a menos de cem horas, trocaremos a folhinha da parede, a grande novidade. Sim, ainda há os que as cultuam. Assim, o ano novo é novo em quase nada. Ao menos a contagem regressiva será com boas sensações, diferente de outras cem horas no ano passado vividas em angústia e agonia. Os leitores perdidos por aí sabem do que estou falando e podem recordar aqui:  http://adilson3paragrafos.blogspot.com/2022/10/novas-cem-horas.html . Repito-me em externar minha bronca com o mês de dezembro, o mais curto do ano. Vejo que não apenas este reles escriba de blog tem dificuldades para preencher escritos semanais. Na Folha de São Paulo desta semana, Ruy Castro faz um arrazoado de frases, justificando-as pela simplicidade, Thiago Amparo confessa a raiva ou a falta de assunto que o move, e não nos esqueçamos do ombudsman daquele jornal que fez uma coluna somente com frases de leitores, sem quaisquer créditos a eles. As palavras continuarão a refletir o melhor e o pior de nossa e

Pedaços quebrados

Este texto começou a ser escrito na primavera e termina no verão. Coisas de correrias das últimas 250 horas do ano, como se, depois disso, tudo virasse pó ou matéria primordial do universo, criando-se espaço e energia novamente. Não, nada disso vai acontecer. No máximo uma nova folhinha pendurada na parede. Quebramos a sequência do tempo apenas para nos satisfazer como finitos humanos e tentar organizar o caos de nossa existência. Quebramos as nozes do poema musical, em apresentação nestes dias no Teatro Castro Mendes em Campinas. E também quebramos versos. Verso de pé quebrado é quando fica faltando ou sobrando sílaba, não atende à sonoridade ou que seja simplesmente ruim. É verso indesejável, ainda que o termo carregue hoje em dia uma conotação capacitista muito evidente. Nas reuniões de trovadores, escondemos tais versos, sabendo que eles habitam nossos cadernos de anotações, físicos ou virtuais. Digitar no celular virou o rascunho do poeta moderno. Já a pessoa de pé quebrado é mais

Letras que dizem

Das experiências com concursos, conhecimento detalhado é exigido e também a resposta a algumas questões na forma escrita. Na dissertação pedem-se muitas linhas para escrever, mas, quando o assunto for exaurido, há que se encher linguiça. Como é que, com apenas 26 letras, conseguimos escrever tanta bobagem? Naquelas provas, o resultado tem de sair de imediato, no tempo estipulado, usando apenas caneta preta de corpo transparente, sem o acesso a lápis, borracha e - muito menos - o teclado de um computador. Talvez diminui o número de besteiras ditas, mas o desafio é grande. Sim, escrevo à moda antiga, mas como suporte, não como ação principal. Vez ou outra alguma colunista dos jornalões relembra tempos esquecidos e aquecidos pelas mal traçadas linhas daquela forma (e fôrma). Que lindo foi o relato de Bia Braune em seu texto "Bem traçadas linhas", na Folha de S. Paulo de 11/12. Ela resgatou até as cópias feitas em mimeógrafo. Mesmo com letra muito feia e a resignação à Lima Barre

Concursos públicos

Admito. Estou prestando concursos públicos para os mais variados cargos. O objetivo principal é forçar-me à atualização profissional, estudando um pouco mais do que o de costume. Preciso saber onde estou em minha carreira e nada melhor do que uma "provinha" de conhecimentos. E se for aprovado? Bem, aí a dor de cabeça será outra, envolvendo remuneração, local e horário de trabalho e um longo etc que precisa ser avaliado por quem já está há algumas décadas no serviço público e na carreira de pesquisador científico. Este ano em especial está sendo profícuo em oportunidades. Os novos rumos do governo federal são o principal motivo de tantos concursos, uma vez que parte das estruturas de Estado havia sido desmontada. Em especial, as atividades relacionadas à ciência, à tecnologia e à educação, além dos cargos de gestão em instituições e órgãos de controle. Indico aqui este site que é o mais completo com informações de concursos e processos seletivos em todo o Brasil:  https://www.

Trânsito pelo tempo

Subvertendo o ditado, dê um volante e um motor possante a uma pessoa para ver sua verdadeira índole. No trânsito, já devo ter anunciado, a ignorância alheia não pode determinar meu comportamento. Nestes dias de forte chuva pelas estradas, em que até caminhões e ônibus hesitam continuar rodando, a surpresa fica por conta dos que não sabem a relação entre atrito, velocidade, pista molhada e força centrífuga. Os bólidos seguem pelo rio que se forma e lá dentro, imagino, deveria haver ao menos um ser pensante. Veículos autônomos ainda não são vistos por aí e talvez eles teriam uma programação que impedisse externar a ignorância, eivados de "inteligência" que são. Direção defensiva passou a ser item obrigatório no trânsito, junto com pneus, faróis e setas indicadoras. Quer dizer, não aqui, em que motoristas vivem em sociedade secreta e não revelam para onde estão conduzindo seus veículos. Ou seja, não dão seta! Resolvi, finalmente, ler PT, uma história , de Celso Rocha de Barros.