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Mostrando postagens de fevereiro, 2021

Utopias distorcidas

Os meus sonhos e utopias foram publicados pela CULT e causou alguma discussão ( leia aqui ). A colega trovadora Maria havia feito poesia com título semelhante - transmimento de pensação. O Acadêmico José Antonio Bittencourt Ferraz, que além do blog sobre filatelia e numismática ( http://lorenafilatelia.blogspot.com/ ), possui outro sobre escritores do Vale do Paraíba, publicou o link para a revista ( veja aqui ). Grato, grato. Tudo aconteceu logo após a postagem da semana passada, daí não ter sido lá incluído. A parábola de apalpar um elefante, como lembrado pelo Paulo Viana, é a melhor forma de explicar nossa interação - ou falta dela - com o mundo atual e suas consequências. Tentemos elevar a mente para pensamentos mais nobres, que esses ainda são francos e livres. A Academia de Letras de Lorena realizou eleição para o novo biênio e figuro lá novamente na diretoria, mas o trabalho é feito pela presidente Neide Aparecida Arruda de Oliveira, secretária Olga Aparecida Arantes Pereira, t

Pedaços de jornais

Missivista contumaz, fiquei angustiado com o fim da seção de cartas do leitor em veículos impressos de comunicação. A Veja é uma revista que pouco me apetece, com reportagens sem aprofundamento e um ou outro articulista que passa alguma mensagem de saber do que fala. Já fui dela assinante, confesso, mas restringi-me à leitura superficial, quase obrigatória, exclusiva da versão on-line. Mas arriscava uma ou outra cartinha lá para a redação e até publicaram um par delas. Porém, na virada do ano, a seção deixou de existir, sem aviso. A carta ao leitor que publicam, com alguma pretensa mensagem de otimismo e resumo do que vai na edição, nada falou da mudança. O índice também foi excluído; talvez o espaço seja mais nobre para outros remuneradores ou direito de resposta, como a que a revista foi obrigada a dar para a empresa Huawei. Intrigas. A muito mais palatável CartaCapital também deu sua bola fora ao prestigiar a reprodução dos comentários de redes sociais - que já estão de alguma forma

Cancelamento

O carnaval não foi suspenso um ano atrás, em misto de algum desconhecimento sobre o que viria a ser a pandemia do novo coronavírus e muito do interesse comercial de mantê-lo. Críticas honestas e hipócritas aconteceram em dias posteriores, quando a OMS confirmou a doença mundial e os primeiros casos foram notificados no Brasil. A comparação com o fechamento imediato das escolas e suspensão das aulas foi o mais perversamente irônico daqueles eventos. Hoje, ouço e vejo admirado as notícias de que a festa mais tradicional do país será efetivamente cancelada. Alguns dias ainda nos separam do registro da festa no calendário. Vamos ver o transcurso dos fatos. As escolas continuam em abertura e fechamento intermitente. Em Campinas, alguns estabelecimentos reabriram, notificaram casos de Covid-19 e voltaram a fechar. A propagação entre os mais jovens - crianças e adolescentes - ainda nos é desconhecida e esses dissabores não são exclusivos nossos, pois europeus e norte-americanos passaram e pas

Escrevo e não me canso de ler

Ah, como escrever é bom! Prazer superado apenas pelo da leitura. Como não sei ler sem escrever, o caderninho, o bloco de anotações e, mais modernamente, o editor de texto digital me acompanham diuturnamente. Avesso a usar as margens de livros para apor pensamentos, dúvidas e reflexões, é na base do contato da caneta e do grafite com a celulose que os registros ficam. E não consigo ler um livro sem pensar sobre o que o autor está dizendo, suas contradições, omissões e, muito comum, seus erros. Não apenas os tipográficos, nem o 'não' proposital de Raimundo Silva, personagem de José Saramago em História do Cerco de Lisboa . Nesses dias me deparei com uma dessas questões na tradução de uma biografia - em inglês no original - que fala sobre um pó mágico, de pirlimpimpim. Tenho como certo que a criação de Monteiro Lobato não foi a citada ou mesmo era conhecida pelo biografado, ainda que contemporâneos. Eis um sério problema que é mais crítico na poesia, já intraduzível a partir do se