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Mostrando postagens de julho, 2021

Frieza na subjetividade

Qualificativos não resistem a um escrutínio numérico. Há uma necessidade incontida de dar o valor de tudo, não tentar explicar o que é melhor em palavras, mas em números. Em duas oportunidades nas olimpíadas que seguem em Tóquio tal subjetividade da avaliação quantitativa foi colocada em dúvida. Juízes deram notas menores para as manobras do surfista brasileiro Gabriel Medida em comparação com as do japonês Kanoa Igarashi e intrigas pulularam nas redes sociais. Depois, a judoca brasileira Maria Portela teria sido vítima do julgamento negativo quando um wazari a seu favor foi pontuado e, depois, retirado. Em esportes nos quais a qualidade do movimento é julgada com notas numéricas, tais falhas existirão sempre. Na avaliação de textos se dá a mesma situação. Como saber o que é melhor ou pior? A criação literária pode ser totalmente quantificada? Poetas e esportistas, entre décimos e centésimos, queremos ser os primeiros. O frio veio com tudo, bem objetivo. O repórter na tv diz que fez um

Sábios amigos

O dia do amigo de ontem (o dia, não o amigo) teria sido proposto em homenagem à chegada dos primeiros seres humanos à lua. A alunissagem completou 52 anos e o bilionário Jeff Bezos fez seu voo suborbital para aproveitar a data. São muitas controvérsias sobre a necessidade e os custos envolvidos, mas já fiz meu comentário, pelo lado científico, na coluna publicada hoje, quarta-feira, no Jornal Cidade de Rio Claro. Como sempre, se entrarem no Facebook dá para ler o artigo ( https://www.facebook.com/adilson.goncalves.9847/ ) #IniCiencias. Histórias sobre origens de comemorações nem sempre são óbvias ou relatadas como realmente aconteceram. Muito menos aquilo que supostos amigos do WhatsApp compartilham como verdade absoluta tem o mínimo de credibilidade. E insistem, sabendo que lúcidos como eu jamais lerão ou verão e a lixeira eletrônica é o destino certo de tais desvarios. Loucura tangente à criminalidade, já provada. A amizade pelo conhecimento, no entanto, continua. Hoje, por exemplo,

Cultura e conhecimento em Campinas

A Campinas deste 14 de julho amanhece aniversariante. O dia não é feriado municipal, pois a opção foi a de reservá-lo para a celebração da padroeira, em dezembro. Jornais, ainda existentes, fazem edição especial com cumprimentos aos 247 anos da cidade repleta de páginas de propagandas de empresas lembrando o aniversário e incluindo entrevista com o prefeito para falar de seus planos. O Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Campinas também aniversaria hoje, debutante que é na preservação e divulgação cultural. A produção intelectual desses 15 anos de atividade pode ser vista na página do Instituto, com postagens constantes, atualizadas e autorais de membros e atuantes nessas áreas de pesquisa ( https://ihggcampinas.org/artigos-recentes/ ). O mês é culturalmente especial na Terra das Andorinhas por congregar a semana Guilherme de Almeida, além das comemorações a Carlos Gomes. O maestro nasceu aqui num 11 de julho e completaram-se 185 anos de seu nascimento. Hoje os eventos são

Da natureza humana

Começando mais um conjunto de temas em horário nada regular. Procrastinação, legítima condição humana. Descobri que a frequência da leitura é determinada pelo quando o blog é publicado, mais do que pela quantidade de e-mails e avisos enviados. Leitores se admiram das ligações entre os assuntos, essa é intencional, nem sempre alcançada. O público visitante a este site oscila entre o dobro e a metade e, matreiramente, direi que fica na média. Subversão humana da estatística comercial que está sempre a vender uma promoção, ofertando seu produto pela metade do dobro do preço. Não monetizo as postagens para não seguir os desígnios do vil metal, uma vez que, quimicamente, o ouro é pouco valioso por pouco reagir. Outras reações acontecem e a semana foi explosiva em Rio Claro, cidade em que trabalho, com um caminhão transportando produtos químicos se incendiando e causando um deslocamento de ar sentido a quilômetros de distância. Mais uma vez, fui chamado para fazer um comentário para a tv. Da