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Mostrando postagens de março, 2023

Forte e doce

O ano cultural foi iniciado na Academia Campinense de Letras. Evento forte e mostrando o fôlego da instituição comandada por Jorge Alves de Lima e Ana Maria Negrão. Vi um maestro Júlio Medaglia falar sobre a história da música no Brasil em momentos específicos, realçando que nesses primóridos, séculos XVIII e XIX, eram principalmente negros fazendo a música que tocava e se apresentava em Veneza, tomada como símbolo europeu. Apenas numa etapa posterior passam os brancos a fazer música que  introduzia a cultura negra em suas composições. A música clássica, segundo ele, começou aqui 150 anos antes de os Estados Unidos fazerem seus registros. Foi uma sequência do que falou quatro anos atrás ( https://adilson3paragrafos.blogspot.com/2019/03/ciclos-culturais.html ). No mesmo evento cultural, para coroar a noite, vi os dedos rápidos de Sônia Rubinsky flutuando sobre o teclado do piano, um encontro de ambos, mãos e mecânica, pela mais doce atração. Generosa, após a apresentação Sônia não se re

Histórias

Meu pai já estava doente quando lhe dei um caderninho de capa azul para que ali anotasse suas recordações de vida. Ralhou comigo, como era peculiar em função do sangue majoritariamente espanhol, dizendo que tais histórias seriam dele e não teriam importância para mais ninguém. Seriam coisas muito simples e banais. Tentei explicar que a história do mundo eram as histórias de cada um e a dele seria, em parte, a minha também. A contragosto aceitou. Uma dose de egoísmo de minha parte envolvia aquele pedido/presente. Eu queria saber um pouco mais dos detalhes de causos por ele vividos e que nos contava esporadicamente. Na escrita ele era mais atencioso e detalhista, ainda que o estudo formal se encerrara antes do que hoje se chama ensino fundamental. No entanto, o câncer foi mais rápido e não deu tempo de ele escrever uma linha sequer. Meu pai não viu o neto mais novo nascer, nem o do meio morrer. Teria mais um pouco de alegria e muita tristeza para vivenciar, como todos nós tivemos. Ainda

Divulgando ciência e cultura

O Jornal Pravda cede espaço para artigos opinativos, desde que assinados e inéditos. O mais recente foi acerca da divulgação científica na cultura ( https://port.pravda.ru/cplp/57848-divulgacao_cientifica/ ). Uma mescla de tópicos abordados ao longo do mês nos jornais por aí. Repetir a chamada aqui não deve ser rotulado de auto-plágio, espero. Afirmo isso por ter causado dúvidas em postagem anterior. Quem escreve costumeiramente acaba por repetir seus argumentos, concepções e até textos completos. Não é tarefa simples publicar sempre a coisa inédita e um pouco de auto-plágio se espraia sobre todos. O problema é o uso de citações alheias sem a devida referência ou deixar claro que determinada publicação já passou por divulgação em outro veículo. Tal situação também acontece com palavras poéticas e literárias, especialmente as submetidas a concursos que podem ser desclassificadas simplesmente por não atenderem à norma do ineditismo. Escrevamos sem o auxílio de robôs, mas sabendo que são

Seguindo como se pode

O luto constante faz ficar um vazio na existência. Ficou também um vazio na sequência do blog. Quem quiser, olhe o fragmento anterior, ele sequer foi divulgado. Ou melhor, parte foi agregada na publicação do Jornal da Cidade de Rio Claro, por total incompetência de elaborar algo inédito. As palavras continuam minhas, bem as sei, mas em tempos de inteligência artificial predominando sobre a natural é bom que as repetições e os auto-plágios sejam contidos. Como sempre, na página do Facebook estão cópias das publicações impressas ( https://www.facebook.com/adilson.goncalves.9847/ ). Opiniões pré-elaboradas também ficaram perdidas pelas semanas passadas e estão aqui para a devida consulta:  https://www.brasil247.com/blog/jornaloes-sendo-jornaloes ,  https://www.brasil247.com/blog/enterrando-o-bolsonarismo ,   https://sampi.net.br/bauru/noticias/2739017/articulistas/2023/02/necessidade-de-ativismos-politicos . Tentemos dar prosseguimento ao possível, certos da impossibilidade da volta. Os l