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Mostrando postagens de outubro, 2022

Novas cem horas

Nesta semana testei a possibilidade de censura de jornais quanto a artigos meus enviados para publicação. O Jornal Cidade (JC) de Rio Claro, ainda que tenha explicitamente divulgado e patrocinado evento de caráter religioso, mas com a presença de político candidato, em conflito com nossa laicidade constitucional, publicou minha reflexão sobre o futuro da ciência no estado de São Paulo. A mesma sorte não teve o texto enviado ao Correio Popular, de Campinas. De conteúdo semelhante ao do JC, ainda dorme na caixa de entrada do editor ou já pode estar habitando o limbo do spam. O JC de Bauru também silenciou sobre outro alerta para o possível resultado nefasto do segundo turno, dia 30, artigo este que foi publicado no Brasil 247: https://www.brasil247.com/blog/paulistas-insistem-no-erro . Assim, os dois textos em quatro tentativas acabaram saindo. Eficiência de 50%, nada mal! Mas é bom deixar muito claro que proibir informação falsa, ainda mais vinda de órgãos oficiais, não é censura, é ape

Sucupira em festa

Dias Gomes faria um século de vida neste 19 de outubro. Seu "Bem Amado" tem sido resgatado pela Rádio Sucupira, uma produção da CBN, que mescla as gravações sonoras originais daquela novela com falas atuais, principalmente de atores do meio político, sem perder a fluidez dos diálogos e a contemporaneidade dos assuntos. O programa está disponível neste link: https://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/radio-sucupira/RADIO-SUCUPIRA.htm . A coincidência e atualidade de falas e cenas da novela espantam, tornando-se um momento ímpar da verossimilhança factual. Do humor chega-se à angústia de saber da materialidade histórica em que tudo se repete, e, desta vez, estamos tentando evitar a tragédia. Há um deslocamento do eixo do poder em curso ao qual parece que não ficamos devidamente atentos. Sem humor, teci alguma considerações sobre o assunto para o Brasil 247: https://www.brasil247.com/blog/votos-pesquisas-e-o-deslocamento-do-poder . No caso da Rádio Sucupira, pensei que havia

Sobrevivências

Estão no plural, por serem múltiplas. O primeiro desafio é sobreviver a si mesmo. Dono de consciência ainda inexplicada pela bioquímica, valores e parâmetros são formulados para conduzir a própria vida. Ater-se a eles parece simples, mas justificá-los e saber quando alterá-los torna-se angustiante. As leituras de textos anteriormente redigidos revelam que posições e lados sempre foram assumidos, a falsa isenção não vingou. E houve mudanças, como deve acontecer em todo desenvolvimento do pensamento. A Biologia nos ensina que sobrevive o que se adapta. Sobrevivemos na materialidade de nossas consciências, portanto. As calorias vindas de carboidratos e lipídeos e os tijolos de construções celulares das proteínas se apresentam como elementos simples, por mais complexa que seja sua química. As sinapses de condução de ordens e desejos são energia elétrica e suas consequências... bem, as consequências são uma dessas barreiras para viver e sobreviver. Entre velórios e festas de consagração ao

Engenho e Arte

Na ressaca eleitoral, pipocam eventos de estudos acadêmicos em várias universidades, boa parte promovida por estudantes de graduação. Na Unesp de Rio Claro, por exemplo, é a Semana de Estudos da Biologia e a Semana do Livro e das Bibliotecas. Algumas das apresentações podem ser vistas no canal da Biblioteca no youtube ( https://www.youtube.com/c/BibliotecaUnespRC ). Nos dois eventos pude fazer apresentações, mostrando o que é nosso Instituto de Pesquisa em Bioenergia (IPBEN) para alunos de gradução, incentivando-os a nos conhecer e realizar trabalhos de pesquisa e de extensão conosco. O IPBEN ( https://www.ipben.unesp.br/ ) está na mesma cidade, mas administrativamente não é ligado ao campus, o que faz com que muitos da comunidade não nos conheçam. A bibliotecária Márcia Correa Bueno Degasperi, responsável pela biblioteca do câmpus, me convidou para falar da experiência de escrita e divulgação científica dentro de meu projeto "Engenho e Arte", que também foi usado para dar no