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Mostrando postagens de dezembro, 2023

Finalizando

É o fim, finalmente! Daqui a menos de cem horas, trocaremos a folhinha da parede, a grande novidade. Sim, ainda há os que as cultuam. Assim, o ano novo é novo em quase nada. Ao menos a contagem regressiva será com boas sensações, diferente de outras cem horas no ano passado vividas em angústia e agonia. Os leitores perdidos por aí sabem do que estou falando e podem recordar aqui:  http://adilson3paragrafos.blogspot.com/2022/10/novas-cem-horas.html . Repito-me em externar minha bronca com o mês de dezembro, o mais curto do ano. Vejo que não apenas este reles escriba de blog tem dificuldades para preencher escritos semanais. Na Folha de São Paulo desta semana, Ruy Castro faz um arrazoado de frases, justificando-as pela simplicidade, Thiago Amparo confessa a raiva ou a falta de assunto que o move, e não nos esqueçamos do ombudsman daquele jornal que fez uma coluna somente com frases de leitores, sem quaisquer créditos a eles. As palavras continuarão a refletir o melhor e o pior de nossa e

Pedaços quebrados

Este texto começou a ser escrito na primavera e termina no verão. Coisas de correrias das últimas 250 horas do ano, como se, depois disso, tudo virasse pó ou matéria primordial do universo, criando-se espaço e energia novamente. Não, nada disso vai acontecer. No máximo uma nova folhinha pendurada na parede. Quebramos a sequência do tempo apenas para nos satisfazer como finitos humanos e tentar organizar o caos de nossa existência. Quebramos as nozes do poema musical, em apresentação nestes dias no Teatro Castro Mendes em Campinas. E também quebramos versos. Verso de pé quebrado é quando fica faltando ou sobrando sílaba, não atende à sonoridade ou que seja simplesmente ruim. É verso indesejável, ainda que o termo carregue hoje em dia uma conotação capacitista muito evidente. Nas reuniões de trovadores, escondemos tais versos, sabendo que eles habitam nossos cadernos de anotações, físicos ou virtuais. Digitar no celular virou o rascunho do poeta moderno. Já a pessoa de pé quebrado é mais

Letras que dizem

Das experiências com concursos, conhecimento detalhado é exigido e também a resposta a algumas questões na forma escrita. Na dissertação pedem-se muitas linhas para escrever, mas, quando o assunto for exaurido, há que se encher linguiça. Como é que, com apenas 26 letras, conseguimos escrever tanta bobagem? Naquelas provas, o resultado tem de sair de imediato, no tempo estipulado, usando apenas caneta preta de corpo transparente, sem o acesso a lápis, borracha e - muito menos - o teclado de um computador. Talvez diminui o número de besteiras ditas, mas o desafio é grande. Sim, escrevo à moda antiga, mas como suporte, não como ação principal. Vez ou outra alguma colunista dos jornalões relembra tempos esquecidos e aquecidos pelas mal traçadas linhas daquela forma (e fôrma). Que lindo foi o relato de Bia Braune em seu texto "Bem traçadas linhas", na Folha de S. Paulo de 11/12. Ela resgatou até as cópias feitas em mimeógrafo. Mesmo com letra muito feia e a resignação à Lima Barre

Concursos públicos

Admito. Estou prestando concursos públicos para os mais variados cargos. O objetivo principal é forçar-me à atualização profissional, estudando um pouco mais do que o de costume. Preciso saber onde estou em minha carreira e nada melhor do que uma "provinha" de conhecimentos. E se for aprovado? Bem, aí a dor de cabeça será outra, envolvendo remuneração, local e horário de trabalho e um longo etc que precisa ser avaliado por quem já está há algumas décadas no serviço público e na carreira de pesquisador científico. Este ano em especial está sendo profícuo em oportunidades. Os novos rumos do governo federal são o principal motivo de tantos concursos, uma vez que parte das estruturas de Estado havia sido desmontada. Em especial, as atividades relacionadas à ciência, à tecnologia e à educação, além dos cargos de gestão em instituições e órgãos de controle. Indico aqui este site que é o mais completo com informações de concursos e processos seletivos em todo o Brasil:  https://www.