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Mostrando postagens de outubro, 2019

Expressões numéricas e mentais

O mês de profícuo noticiário sobre o derramamento de óleo nas praias do Nordeste brasileiro resultou em uma manifestação escrita abordando a definição e naturezas de óleos de forma geral. A publicação de tal coluna saiu hoje no Jornal Cidade de Rio Claro e pode ser lida na página do Facebook ( https://www.facebook.com/adilson.goncalves.9847 ). Não é interesse reproduzi-la aqui, mas, no texto sobre óleo limpo e sujo, faltou alguma palavra sobre a pintura a óleo, para amenizar o clima de tragédia ambiental e trazer a questão para mais perto das boas expressões da mente humana. O uso de um óleo, como o de linhaça, de secagem mais lenta, foi o suporte de uma arte longeva de fixação de pigmentos sobre telas para mostrar a natureza que atravessa o olhar do pintor. Ou que chega a seu cérebro modificada pela sociedade e pela época em que vive. Sim, arte é expressão, impressão e também repressão e depressão. Arte são, portanto. A literatura é outra das artes onipresentes, ainda que caminho le

Trânsito cultural

O fim de semana passado beirou a exaustão cultural, se é que isso seja possível. Mescla de canto à capella em homenagem aos educadores, conversa sobre contação de estórias e a história dos entalhadores sacros pelo vale do Paraíba, a fundação de Lorena, inéditos de Lima Barreto, obra escultural de Felícia Leirner. Houve um diálogo mudo e não revelado entre a apresentação da Acadêmica Juraci de Faria Condé em Lorena e o trio de especialistas e também Acadêmicos do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Campinas, que na sexta-feira anterior discorreram sobre a arte cemiterial, conforme divulgado neste espaço ( https://adilson3paragrafos.blogspot.com/2019/10/suavidade-nas-obras-das-academias.html ). A reprodução da obra europeia em espaços brasileiros é objeto desses estudos, cujo valor é tão rico e abstrato que não se sabe a melhor forma de preservá-la, se a céu aberto, com o risco de destruição e roubo, ou se enclausurada em museus, com acesso restrito a um público que cada vez

Suavidade nas obras das Academias

A Academia Campineira de Letras e Artes - ACLA - fará uma tarde especial para recepção e posse de dois novos Acadêmicos, eleitos ao longo do último mês. Márcio Rodrigues assumirá a cadeira 33, cuja patronesse é Tarsila do Amaral, e Roberto Rossant ocupará a cadeira 40, que tem por patrono Aldo Cardarelli. A cerimônia acontecerá no sábado, 19/10, a partir das 16h. Nosso Presidente Sérgio Caponi estará voltando de viagem ao Rio de Janeiro onde foi convidado a prestigiar a posse de Ignácio de Loyola Brandão na Academia Brasileira de Letras. A reunião da ACLA será também concomitante com a reunião da Academia de Letras de Lorena, à qual estarei presente para falar um pouco sobre os inéditos de Lima Barreto, tema recorrente de minhas inserções literárias e que estão um pouco estagnadas face a outras atividades inerentes da necessária sobrevivência material. Trânsito entre crônica e conto, opinião e ficção, é prazeroso quando há o que se escrever. Acadêmicos se distribuem por essas alas e

Energia jovem

A semana é de divulgação dos laureados com o Prêmio Nobel e hoje foram anunciados os vencedores em Química. O desenvolvimento de baterias de íons de lítio foi premiado, concedendo a honraria a três pesquisadores, John B. Goodenough, Stanley Whittingham e Akira Yoshino. O assunto é importante no âmbito da energia e interessante registrar que Whittingham passou a estudar o assunto em função da crise do petróleo dos anos 1970, mesmo motivo que nos levou a desenvolver o álcool combustível em escala nacional. Não ganhamos nenhum Nobel por isso, mas, sim, a projeção internacional pela fonte de energia limpa, copiada em vários países, e respeitada até há pouco tempo. A medicina premiou estudo da tolerância das células ao oxigênio e a física, os estudos de cosmogênese e exoplanetas. #IniCiencias Os jovens possuem grande e franca energia para queimar seus hormônios mas também para mudar o mundo. Assim fomos, assim são e assim serão os novos jovens que chegarão. A parte infantil da juventude é

Superando barreiras linguísticas

Há tempos somos chamados a internacionalizar nossas atividades de pesquisa. Reflito se tal procedimento começa por aprender outra língua ou seria pelo aprendizado de outra cultura? Deve ser uma mescla das situações como sói acontecer em questões complexas. Nunca fiz curso de inglês, mas tento me virar com o pouco vocabulário e pequena versatilidade na fala da língua de Shakespeare. Ler é mais fácil, escrever textos técnico-científicos ainda não tão difícil, mas a fluência no idioma me falta. Na língua alemã sou versado por ter estudado na terra de Goethe e obtido proficiência. Porém, daquele remoto passado de um quarto de século atrás faltam, hoje, as oportunidades para treiná-la. E a língua da ciência moderna - enquanto existir ciência - é o inglês. Tais barreiras não me impedem de ministrar curso internacional na pós-graduação e a comunicação é algo além da língua e das mãos, como bom meio-descendente de italianos. Desta vez, a aluna polonesa Martyna que veio para um estágio de dois