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Mostrando postagens de julho, 2020

Números das consequências

Beirando os 100 mil mortos pela pandemia, especulam sobre as influências eleitorais das medidas de combate à covid-19. No Brasil, antes mesmo do pleito municipal de novembro, já são realizadas pesquisas de intenção de voto para presidente em 2022, eleição que, pelos interesses parlamentares escusos, não será antecipada. As eleições norte-americanas também estão no radar, devido à óbvia influência mundial daquele país e da forma como seu mandatário Donald Trump tem desastrosamente conduzido sua política de saúde pública e de relacionamento com outras nações. Há ainda o ressurgimento da submissão tupiniquim a Trump, com direito a bater continência para uma bandeira que possui o vermelho como uma das cores. O democrata Joe Biden cresceu muito nas intenções de voto, mas eleição não é pesquisa eleitoral. Ela revela uma realidade, no entanto, pois Trump está fortemente incomodado com a situação e a possibilidade de ser apeado do cargo. O mundo ganharia muito com isso e a influência em nossa

Criações

Perguntaram-me: melancólico? Creio que não, não muito. Talvez o tom das postagens não seja o mais animador possível porque, além da distração, é a realidade que nos abarca. Verifico uma onda de desânimo em publicações sobre o cotidiano, justificada pelo cansaço que a pandemia e quarentena estão nos impondo. Mas dispus-me a adentrar a esfera dos desafios lógicos que combinam interpretação de texto com raciocínio matemático. São exercícios interessantes, pois despertam áreas do cérebro aparentemente adormecidas. O importante é atenção para a interpretação, mais do que dominar ferramentas matemáticas complexas. Recebi vários deles pelas redes sociais, alguns desprezei e outros até respondi. Numa tarde desta semana, resolvi eu mesmo criar um desses, apostando na simplicidade do enunciado e da solução. Mas eis que somente após uma dica valiosa, uma substituição de palavra, os leitores chegaram ao resultado. Repito aqui: A casa é muito grande e todos dormem. Se em três quartos da casa há sei

Receitas para a clausura

Blogs são eternos? Busco por informações postadas em algum tempo, em algum lugar e a resposta está lá, estagnada, sem saber se a autora ainda existe e persiste em postagens, nas redes sociais, na vida propriamente dita. Digo a autora porque a foto que lá permanece é de uma mulher. Ou assim se parece, com todas as ressalvas que devem ser feitas. O fato é curioso, pois autores de um século atrás que escreviam suas visões de mundo nos jornais impressos são acessíveis pela consulta em hemerotecas, digitais ou não. Aquele autor é vivo e se torna dinâmico por quem o lê, reinterpreta e o traz a lume novamente. Mas aquela autora de blog que postou uma poesia bonita, simples e sentida, não responde mais por seus atos, é fato. Procuro um e-mail, envio mensagem, verifico o pseudônimo em outros sítios. Nada. Mais fácil, portanto, dialogar com Lima Barreto, Machado de Assis e Euclydes da Cunha do que com a Patrix desse blog. Seria Patrícia Raposo? Dúvidas lançadas às nuvens cibernéticas. Espero n

Cientista constitucional

O feriado de 9 de julho foi antecipado para 25 de maio no Estado de São Paulo, como uma tentativa de aumentar o isolamento social e conter o avanço da propagação do coronavírus. Mas a data se mantém, pois ainda não foi possível uma nova reforma gregoriana e comer uns dias para acertar o descompasso cósmico com aquele marcado pelos calendários. Na verdade, seria muito bom se pudéssemos omitir este 2020 da contagem de nossas vidas, mas, como sobreviventes, devemos, sim, continuar e honrar os que morreram e ainda vão morrer devido à pandemia em que vivemos. Dia do Soldado Constitucionalista. Campinas comemora a data, tendo Guilherme de Almeida como um de seus expoentes, por ter aqui nascido em 24 de julho e lutado nas fileiras da Revolução. Foi um poeta dos mais sublimes, membro da Academia Brasileira de Letras e fundador da Academia Paulista de Letras, ocupando lá a cadeira de número 22, a mesma que viria a ser ocupada por Ruth Guimarães, madrinha da Academia de Letras de Lorena, escrito

Meio ano, insano ano

O adjetivo do título usei várias vezes para rotular o ano passado, depois, o país como um todo, e, recentemente, o tempo presente. Bem, o significado do rótulo continua. Vangloriei-me do grande número de leitores deste blog, mas o fim do semestre coincidiu com o menor desses números no ano. Paciência. Minhas leituras também não caminham da forma intensa como desejava, ainda que muitas cartas e comentários são publicados por aí. A quase fixação como missivista contumaz contribuiu para a elaboração de meu trabalho de finalização da Especialização em Jornalismo Científico, orientado pela Profa. Dra. Simone Pallone de Figueiredo, do Labjor-Unicamp, e o artigo científico daí resultante foi publicado na semana passada. Ele é um pouco técnico e voltado à percepção de ciência e tecnologia por parte da população, mas que compartilho aqui. É necessário baixar o arquivo pdf completo para ler o trabalho (  http://revistas.iel.unicamp.br/index.php/edicc/article/view/6502?fbclid=IwAR1aRyDcX2-9BN91Fk