Divulgando ciência e cultura

O Jornal Pravda cede espaço para artigos opinativos, desde que assinados e inéditos. O mais recente foi acerca da divulgação científica na cultura (https://port.pravda.ru/cplp/57848-divulgacao_cientifica/). Uma mescla de tópicos abordados ao longo do mês nos jornais por aí. Repetir a chamada aqui não deve ser rotulado de auto-plágio, espero. Afirmo isso por ter causado dúvidas em postagem anterior. Quem escreve costumeiramente acaba por repetir seus argumentos, concepções e até textos completos. Não é tarefa simples publicar sempre a coisa inédita e um pouco de auto-plágio se espraia sobre todos. O problema é o uso de citações alheias sem a devida referência ou deixar claro que determinada publicação já passou por divulgação em outro veículo. Tal situação também acontece com palavras poéticas e literárias, especialmente as submetidas a concursos que podem ser desclassificadas simplesmente por não atenderem à norma do ineditismo. Escrevamos sem o auxílio de robôs, mas sabendo que são eles que buscam coincidências no mundo virtual, tanto para as composições da chamada inteligência artificial, quanto para nos denunciar quando repetimos dizeres.

O Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Campinas fará reunião neste sábado, 11 de março, no auditório do Centro de Ciências Letras e Artes (CCLA), que fica na Rua Bernardino de Campos, 989, no centro de Campinas. Não podemos realizar o encontro na Casa de Vidro em função da interdição dos parques municipais em Campinas, devido às fortes chuvas que causaram quedas de árvores e morte de pessoas. O sempre solícito Alcides Acosta, presidente do CCLA, disponibilizou o espaço para nossa reunião que terá como atividade principal a palestra da Lúcia Helena Oliveira Silva, titular da Cadeira 28, "Dos afazeres de meninas de cor: Trabalho doméstico, infância e situações de exploração 1920-1950". A Secretaria Municipal de Cultura e Turismo é parceria institucional e fez divulgação do evento: https://portal.campinas.sp.gov.br/noticia/47599. A referência ao 8 de março, data de hoje, pode melhor ser conferida na postagem de dois anos atrás, em que citei o Instituto, presidido por nosso saudoso Fernando Abrahão. Naquela ocasição, as devidas lembranças à data foram feitas (http://adilson3paragrafos.blogspot.com/2021/03/oito-como-simbolo.html).

A ciência é divulgada corriqueiramente neste espaço, pois entendo ser fundamental partilhar conhecimentos científicos. Negacionismo e pseudo-ciência já viraram lugar-comum e parece que deles são falados em frequência maior do que a necessária comunicação de conhecimentos. Recentemente houve um artigo em jornal local que tentou traçar correlações entre fé e ciência, catastrófico por sinal, mas que rendeu comentário alucinógeno de um missivista que tentou avançar na questão, explicando ciência pela crença. Impossível. Ainda que a natureza da matéria envolva muita energia elétrica, ela não está correlacionada com uma suposta áurea ou campos magnéticos pessoais. Quando a crença se limita à livre manifestação pessoal, muito bem, faz parte da cultura humana e é defendida pela constituição de nosso país. Quando extrapola tais limites, conduz ao charlatanismo exploratório das fragilidades individuais. Se perdem a ciência e o conhecimento, perdem muito mais as gentes desta terra.

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