Cores
Queima o país em incêndios criminosos. O lindo pôr do sol é retrato da poluição, o espectro de espalhamento da luz se expande porque partículas estão no ar, não o amor, como diz a letra da música de John Paul Young. E surgiu uma nova coloração vermelho alaranjada que estampou os céus, as capas de jornais e revistas e as apresentações televisivas. Bonito cenário, porém perigoso. Poucos são os fogos iniciados naturalmente, sim, porque raios que vêm da atmosfera existem, mas são raros. É o ato de riscar um palito de fósforo ou acender um isqueiro que está por trás de mais uma calamidade ambiental e respiratória. As cores, novamente eles, são fruto de transições eletrônicas, com partículas subatômicas excitadas pelo calor e devolvendo a energia obtida na forma de luzes. Sim, a química, a mais bela das ciências, tinha que estar presente. O fogo é tido e havido como elemento de limpeza e o que ele faz é transformar o exuberante verde e o colorido múltiplo de flores em cinzas, uma nefasta mes