Tempo de críticas e esperança
A época de fim de ano congrega avaliações, frustrações, festas e esperanças. Faço e tenho um pouco disso tudo em um período de que não gosto, como reiteradas vezes afirmei. O Natal em família evitou a discussão política adversa, até por conta da ausência de teocratas da ignorância na ceia e na troca de presentes, mas permitiu alguma reflexão sobre como deixamos a situação chegar ao ponto que chegou. Carregamos culpas e responsabilidades, não nos eximamos, ainda que não entendamos como a destruição tenha se propagado tão profunda e rapidamente. Surpreende que clamem por uma festividade voltada à religião e não ao consumo, mas se limitam às crenças mais atuais, dos últimos dois milênios, ignorando a origem da festa em homenagem ao solstício e às fogueiras que antecipam o período de frio e trevas do hemisfério norte. O cristianismo é fruto da evolução e adaptação de outras crenças e crendices, mas o praticante raramente o admite. Pelo contrário, está levando sua fé ao extremo de provoca...