Letras em movimento
A USP - Universidade de São Paulo - completa 90 anos e, no campus de Lorena, escritores do Vale do Paraíba falaram um pouco de seus escritos, sentimentos, valorização e perspectivas para a universidade aniversariante (https://www.eel.usp.br/eventos/usp-90-anos-eel-promove-mesa-redonda-com-escritores-do-vale-do-paraiba). Reproduzo algumas palavras trocadas no grupo de WhatsApp com meus confrades e confreiras Acadêmicos: foi uma noite memorável, com vários encontros, belas palavras e agradável música. Voltei à instituição em que consolidei minha carreira científica e foram muitos abraços apertados. Nossa Academia de Letras de Lorena mostra sua importância e precisa consolidar essa parceria com a USP. A Profa. Dra. Neide Aparecida Arruda de Oliveira, nossa presidente, muito sábia e versátil, já está trabalhando para isso. Parabéns a ela e ao professor Sérgio Cobianchi pela brilhante organização do evento. É um movimento para lá e para cá para participar dos acontecimentos, mas não me incomodo de viajar 6 h, entre a ida e a vinda, para me deleitar com essas pessoas.
No site O Lorenense, mantido pela jornalista Graziela Staut, mantive uma coluna semanal em continuação ao que escrevia no Jornal Guaypacaré (O saber acontece, foi o título de batismo). Foram 109 postagens abordando ciência, tecnologia, ambiente e educação, que devem, um dia, integrar um volume com o mesmo título da coluna, juntando com outros textos esparsos do meu período em Lorena. Também conseguimos um espaço naquele site para divulgar as atividades da Academia de Letras de Lorena que chamei de "Letras em movimento" (https://www.olorenense.com.br/author/letras/). Se consultarem o site agora, verão que foi hackeado com postagens em inglês e sem sentido. Buscando pelas mais antigas, encontrarão os avisos e reflexões das presidências anteriores. As palavras não podem ficar paradas, pois fenecem. O movimento é necessário para sua difusão, interlocução e, o mais importante, criação. Letras paradas ficam estampadas em folhas de papel ou bits de informação que podem ser facilmente carcomidas por cupins, traças, distúrbios magnéticos e corrosão. A materialidade da existência verbal precisa ser acomodada ao equilíbrio dinâmico que existe entre escrita e leitura. Tal qual a química, nada pode ficar parado.
Em Rio Claro, os amantes das letras estão fundando uma Academia Contemporânea de Letras Rioclarense (ou de Rio Claro, o nome ainda está em discussão), cuja sigla pode ser ACLARC ou, minha sugestão, ACLARO. Participei de um evento de reinauguração do Gabinete de Leitura, um casarão que foi renovado para acomodar uma biblioteca e o espaço de convívio e, para justificar o nome, de leitura. Conheci o ex-secretário municipal de Cultura, Dalberto Christofoletti, a escritora Nilce Franco Bueno, a escritora e jornalista Vivian Guilherme que organizou coletânea da qual participo, a apreciadora da cultura Simone Raquel, e outras pessoas relacionadas com a literatura local. Talvez participe de mais essa empreitada, desse movimento literário, mas não sei se será geograficamente restrita, como são as Academias de Campinas, ou aberta aos que contribuem com o município, como é a Academia de Letras de Lorena.
Boa tarde, Adilson. Em nome de todos os participantes do evento, brigada pela citação. Em relação à Academia Contemporânea de Letras de Rio Claro, tanto o Estatuto quanto o Regulamento estão em fase de discussão e elaboração. Só então saberemos a dimensão de sua região geográfica aberta à participação.
ResponderExcluirParabéns pelos bem escritos parágrafos e pela sua vida literária tão ativa! Gostei da comparação entre a escrita, a leitura e a química. Realmente não podem ficar paradas. São dinâmicas!
ResponderExcluirMaria Felim