Sustos e contratempos documentais

Semana passada o blog ficou fora do ar por pouco mais de cinco horas. Foi excluído pelos administradores, sem qualquer explicação. Na sexta-feira, dia 3, por volta de 19h, recebi uma comunicação de que teria havido uma tentativa de invasão de minha conta e, com isso, ela fora desativada. Realizei o procedimento de recuperação da conta, com confirmação por código enviado ao celular e, aparentemente estava tudo certo de novo. No acesso ao blog, a mensagem era de remoção sumária e definitiva, sem qualquer possibilidade de recuperação. A sensação de perda, mesmo de coisas imateriais e de cunho intelectual, foi grande. Enviei e-mail questionando a exclusão e adentrei um forum online em que partilham problemas deste blogger. No mais, pensei que poderia estar sendo vítima de fraude maior e resolvi fazer um boletim de ocorrência eletrônico, ferramenta que funciona muito bem. Ao iniciar o preenchimento, ia fazer uma cópia da mensagem que recebi pela exclusão do blog e qual não foi a grata surpresa de ver o blog novamente no ar! Não sei se por procedimento padrão em tentativas de invasão ou se pelo e-mail e contestação que fiz, o blog está aí, queiram ou não queiram, gostem ou não gostem.

Faço cópia das postagens regularmente, armazenando em arquivos do tipo .doc, pois entendo que parte do meu pensamento está nos textos. Havia uma atraso de um mês nessa tarefa, quatro postagens que estariam perdidas. Sim, depois do susto, já fiz cópias do que estava faltando, aumentando aquilo que se chama de redundância computacional. O contratempo, por outro lado, me mostrou que outra visibilidade foi dada às postagens, pois houve aumento de visitas, cerca de 20% comparando com outras semanas. Bem vindos sejam todos e espero que o hacker tenha se afastado. A postagem Repetindo o aprendizado (http://adilson3paragrafos.blogspot.com/2021/12/repetindo-o-aprendizado.html) rendeu um conjunto interessante de comentários e outras experiências dos que leem o blog sobre as técnicas de repetição na educação. Pode beirar a inútil "decoreba" ficar repetindo assuntos a serem estudados, mas vê-se pelos relatos que não, houve real assimilação de conceitos, textos, conhecimento enfim.

Como não perder nossas valiosas coisas imateriais? Dono do pensamento, não tenho memória que abarque tantas palavras juntadas e preciso deixá-las na forma escrita. Antes, as pragas que destruíam meus escritos eram cupins, fungos e a inexorável e amarelante passagem do tempo. Agora, há pessoas que operam pessoas que operam robôs para todo tipo de destruição documental, virtual, constante e ininterrupta. Assim, insisto com projetos para deixar escritos em meio físico. Para o início de 2022 devem ser lançados dois livros de crônicas com os textos compilados de blogs e publicações em jornais. A experimentação será tanto o uso de e-book com ferramentas disponíveis na internet quanto a tradicional impressão em papel. Meu "Transformações na Terra das Goiabeiras", com os artigos do extinto Jornal Guaypacaré de Lorena, no Vale do Paraíba, já vai completando cinco anos em maio próximo e está na hora de receber companheiros de estante.