Vai e vem
Na infância, o jogo de vai-e-vem era um bólido de plástico movido pela força do abrir de braços, guiado por duas cordas finas de náilon. O objetivo não era apenas fazer chegá-lo ao outro lado, mas tentar surpreender o parceiro do jogo com a força e a velocidade. Exercício e diversão. E atenção, pois o colega mandava de volta. Brincadeira que parece estar em voga na constituição do novo governo, com tantas idas e vindas, mostras de energia, mas que parecem ser apenas diversão de quem tuíta ou dá um zap sobre escolhidos e ungidos. Quanto mais volta atrás, mais acerta; quando tenta avançar, erra muito. Nas áreas em que tenho mais afinidade, como educação, agricultura e ciência, um futuro distópico se forma, com crendices superando o conhecimento, a mentira valendo mais que a história. Só falta agora a área econômica lançar a nota de 3 reais para tudo ficar no mesmo patamar.
O longo feriado desconcerta alguns planos. O de finalizar as atividades didáticas é um deles. Avaliar questões de percepção de ciência nos jornais impressos tem suas limitações, ainda mais quando o diretor de um desses periódicos é preso em Campinas acusado de corrupção e uso do veículo para distorcer os fatos para atender a seus interesses. Notícia dada pelo próprio jornal de que ele é dono! A Folha de S. Paulo, por exemplo, se omitiu. O jornal em questão é o Correio Popular e a empresa que o administra é dona também da Gazeta de Piracicaba. Os editoriais no período de eleição focaram muito nos desastrosos governos corruptos, segundo eles. Interessante, pois. Em ambos escrevo regularmente, tanto artigos de opinião como cartas de leitores, e informo que não atenderei à Polícia batendo em minha casa de madrugada para depoimentos e esclarecimentos...
O que vem fácil, fácil vai. Ditado em todas as línguas que se aceita, mas questiono: e o difícil, também vai e vem? Meu principal investimento é em livros, que possuem existência própria, além do conteúdo. Fisicamente conotam algo que somente quem os lê sabe, diferente da leitura em telas. São caros para padrões do salário mínimo, mas não para o custo do happy hour. Mantenho este patrimônio que dificilmente sairá de mim ou da biblioteca.
O longo feriado desconcerta alguns planos. O de finalizar as atividades didáticas é um deles. Avaliar questões de percepção de ciência nos jornais impressos tem suas limitações, ainda mais quando o diretor de um desses periódicos é preso em Campinas acusado de corrupção e uso do veículo para distorcer os fatos para atender a seus interesses. Notícia dada pelo próprio jornal de que ele é dono! A Folha de S. Paulo, por exemplo, se omitiu. O jornal em questão é o Correio Popular e a empresa que o administra é dona também da Gazeta de Piracicaba. Os editoriais no período de eleição focaram muito nos desastrosos governos corruptos, segundo eles. Interessante, pois. Em ambos escrevo regularmente, tanto artigos de opinião como cartas de leitores, e informo que não atenderei à Polícia batendo em minha casa de madrugada para depoimentos e esclarecimentos...
O que vem fácil, fácil vai. Ditado em todas as línguas que se aceita, mas questiono: e o difícil, também vai e vem? Meu principal investimento é em livros, que possuem existência própria, além do conteúdo. Fisicamente conotam algo que somente quem os lê sabe, diferente da leitura em telas. São caros para padrões do salário mínimo, mas não para o custo do happy hour. Mantenho este patrimônio que dificilmente sairá de mim ou da biblioteca.
A se considerar a política, a se ver tão perto o delito, só mesmo um bom livro como antídoto. É preciso sobreviver .
ResponderExcluir