Plástica do ambiente

Já ficaram sem graça as associações de meu aniversário com o Dia Internacional do Meio Ambiente e com o fato de adquirir mais um ano de juventude. Mas é isso o que se passa hoje, neste mundo redondo que navega pelo espaço ao redor do sol, completando mais uma volta, mesmo que os terraplanistas não aceitem. Um mundo que emitiu fortes sinais confusos na semana passada, quando, paradoxalmente, o país parou com uma mobilização e vieram à tona reivindicações de intervenção militar e denúncias de que seriam os empresários do setor de transporte a instigar a paralisação como culto ao vil metal, ou seja, melhorarem seus lucros.

Sim, a complexidade humana é tão grande que a Síndrome de Estocolmo - quando a vítima se apaixona por seu algoz - é café pequeno perto do uso da democracia do protesto para solicitar que haja um governo ditatorial que tem por princípio a ditadura, ou seja, a mordaça e o terror de Estado. Essas características todos já sabiam, e os documentos revelados agora pela CIA norte-americana apenas confirmam. Sem contar a onipresente corrupção, muito mais intensa naqueles anos de chumbo, justamente porque até as almas sucumbiam sob o peso das armas.

A campanha ambiental deste ano é um alerta para a quantidade de plásticos que descartamos e que estão poluindo os oceanos. A mente humana é capaz tanto de produzir a plástica da arte como o plástico de descarte. Conhecemos mais sobre o mundo, mas a sabedoria anda longe das decisões que tomamos, quer sejam políticas, econômicas, sociais ou tecnológicas. 

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