Re-esperançar

Ano Novo, além da mudança de calendário, que mudemos algo na vida. Re-esperançar foi a palavra que resumiu 2023; de construção foi o saldo. Na primeira passagem de ano deste blog, ainda no endereço antigo, a principal perspectiva não era para o ano que se iniciava, mas para o seguinte, ou seja, o equivalente a planejar 2025 agora, pois o ano em curso já estava "saturado", conforme escrevi em 28/12/2017. Aquele viria a ser o ano de 2018 com tanta angústia e retrocesso. Mas agora, não. O ano em curso é de construção, como disse antes. Mesmo assim, minhas listas de promessas, compromissos, desejos e equivalentes continuam quase idênticas às dos anos anteriores. Há um passivo existencial que teima em não ser resolvido com novas folhinhas com gatinhos fofinhos na parede. O diminutivo de substantivos e adjetivos, porém, não diminui a seriedade com que as coisas mundanas devem ser tratadas. 

Houve mais leitores na postagem de fim de ano do que nas semanas anteriores. Pensando que estariam todos de férias, afirmei que seria uma postagem mais curta, menos profunda. Recebi comentários diretamente por e-mail, além dos que são publicados no blog. Respondi a todos, talvez caindo em spans por aí, uma vez que o endereço que uso no blog não é o mesmo de trabalho, nem o pessoal. Uma boa avaliação de minha vida profissional está incluída nesse conjunto, à qual agradeci, ciente de que muita transformação deve acontecer neste ano para melhorar e corrigir a situação. Não reproduzo o conteúdo aqui porque a própria pessoa que o fez optou por enviar-me no particular e não na área de comentários públicos do blog. O passivo será diminuído, não sei se por mudança de lugar, de atitudes, ou de ambos. Nesta primeira publicação de 2024 novamente não espero muitas leituras, uma vez que estamos de férias. Eu estou ainda longe das águas, mas de férias.

Com o início de ano, também se aproxima a trágica data de 8 de janeiro. Comecei a receber "convites" para celebrar a tentativa de golpe (vejam só!), sem qualquer constrangimento quanto ao novo crime que se incentiva. Junto a outras postagens referentes a decisões econômicas, vejo que se resumem aos "apitos de cachorro" (https://pt.wikipedia.org/wiki/Apito_de_cachorro). Para contrapor os que estão usando - e sendo usados por - tais falácias, penso numa analogia, numa fábula. Digamos que seja feita uma lei para proibir que o orçamento público seja usado para promover a caça da baleia no rio Amazonas. O Executivo veta a lei, argumentando que não existe possibilidade de caça da baleia no Amazonas. A oposição faz a grita, deturpando o fato, argumentando que, com o veto, o país estaria promovendo a caça da baleia. Um apito de cachorro, sutilezas no argumento para favorecer outro discurso não explícito. No caso, é pura oposição ao governo, por não gostar dele ou por ter feridas suas benesses com a troca do mandatário. Com movimentos dessa natureza, vemos que a construção da esperança é constante. Não pode haver distração.

Comentários

  1. Acreditemos em re-esperançar e re-construir, apesar desses esdrúxulos convites que temos recebido e das fake news que insistem em desinformar. Como boa notícia, pelo menos já está havendo maior adesão às vacinas oferecidas gratuitamente pelo governo!

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  2. Maria Encarnação Sposito5 de janeiro de 2024 às 22:51

    olá, obrigada por mais uma publicação e pela referência à mensagem

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  3. Não sei se minha trova encaixa nestes tão bem escrito texto,mas valo lá.


    Ano Novo...Vida nova...
    A magia o imaginário,
    nada muda ou se renova
    a não ser o calendário.
    Sarah Passarella

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