Pré-Natal

A última data festiva deste ano, muito esperada para ser comemorada, cairá num domingo, mudando pouco para muita gente. Mais do que o Natal, será o Ano Novo a grande festividade, repleta de esperanças. Mas ainda estamos no pré-Natal, com o perdão do trocadilho, e coisas estão nascendo. Em alta velocidade, o Parlamento dá conta de aprovar inúmeros documentos legais e nasce um novo arcabouço orçamentário que acomodará auxílios e investimentos. Assisti a boa parte das sessões finais, lembrando dos tempos de participação em assembleias estudantis e representações em órgãos colegiados na universidade. A minoria sempre tentando marcar posição, voto vencido que é, e a boa maioria sabendo que precisa respeitar opiniões diversas, pois política é a arte do possível, não da distensão. Acabei de ver um vídeo com bebês rindo com os mais simples gestos, mostrando que a espécie humana ainda tem jeito, não fossem os adultos atuais a conduzir as crianças.

Estou em falta com muita gente e não será agora, no desespero de fim de ano, que conseguirei dar conta e respostas. Cartórios fecham, lojas enchem, todos viajam e poucos leem, ainda que procurem enviar votos e desejos de Boas Festas com palavras. Incompreensível é a premência de resolver tudo agora, sendo que daqui a dez dias, o sol continuará nascendo do mesmo lado e a bioquímica da vida em nada mudará. Sol esse que atinge seu ápice nestes dias, em solstício de verão para os meridionais habitantes do planeta. As festas são da fogueira para os povos do Norte, de onde herdamos personagens com grossas roupas para enfrentar um inexistente frio tropical, sinalizando, lá, que as noites deixariam de ser as mais longas, fato absorvido pela cultura milenar que resultou em coincidir tal fato com a data festiva de 25 de dezembro. Não apenas políticos sabem articular fatos e ficções para criar coisas. Digo e sempre repito que dezembro é o pior dos meses do ano, curto e corrido.

Um ano atrás eu desejava um feliz 2023 (http://adilson3paragrafos.blogspot.com/2021/12/para-um-feliz-2023.html), que repito agora, com mais firmeza e segurança. Deve haver nova postagem na semana entre as festas, mas o seleto público se reduz, emails de aviso de ausência e férias retornam e alimento apenas a necessária vazão de vocábulos ao léu. O apagar de luzes em outras esferas foi acidamente avaliado, pois imagino que antes da esperança haverá tempo de reconstrução. A publicação foi em site costumeiro de opiniões progressistas, espaço que me foi apresentado por ex-colega de trabalho, hoje um lunático criminoso que defende golpes, gritando sua ignorância sem vergonha. Idiossincrasias da vida. O texto está aqui reproduzido: https://www.brasil247.com/blog/consideracoes-sobre-a-imprensa-e-o-bolsonarento-apagar-das-luzes. Não, não são obrigados a ler, muito menos a concordar com o contéudo. Nascendo um novo tempo, há que se cultuar o diálogo, isso sim.

Comentários

  1. Muitas alegrias no seu Natal e esperança no Ano que se inicia.

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