Sublime mês

Agosto é um mês longo, com cinco quartas-feiras. A dois meses do tilintar eletrônico e esperançoso da mudança de ventos, aguardemos em atenção. Respeitável, venerando e sublime são sinônimos para o augusto derivado do título dos césares romanos de onde sai o nome do oitavo mês do ano. Quanto ao sétimo, devidamente encerrado, há que se constatar que julho foi um mês com espaço dedicado à ciência em colunas de jornais importantes, bela iniciativa. Se os alertas de combate ao negacionismo científico e defesa de recursos para a área, juntamente com a educação, sendo feitos de forma mais enfática, surtirão efeitos é uma incógnita que nem os melhores cientistas podem resolver no momento. Os qualificativos para o mês não incluem a seca, as queimadas e o ar ruim. A ciência e a boa medicina nos ensinam os malefícios de queimar matos, pastos e lixo, mas são pouco ouvidas. Dizem que há uma herança cultural difícil de ser alterada, convencendo os que praticam a queimada de que estão limpando a área. Limpar é mudar de lugar, apenas isso. A matéria orgânica dos vegetais vai parar no ar na forma de partículas, fumaça e gases tóxicos. Daí para os pulmões é, literalmente, um sopro.

Procuro contribuir com textos com alguma base de conhecimento científico e fiz vários comentários às publicações dos referidos cientistas nos jornais. Uns foram publicados, outros compilados em novos textos que são espalhados por aí. Aprendi com minha quase prima Erica Mariosa Carneiro que este Blog dos Três Parágrafos é de opinião, não devendo se confundir com divulgação científica. Em esclarecedora postagem no Blogs Unicamp, ela dá exemplos e contraexemplos para situar cada uma das vertentes de atuação quando o assunto é ciência, ou conhecimento de forma geral: https://www.blogs.unicamp.br/mindflow/o-que-nao-e-divulgacao-cientifica/. #IniCiencias. Minhas publicações, assim, mesclam algo de divulgação com opinião e vão ficando pelo caminho, um exercício que, ao menos, vale como combate à depressão. Surte algum efeito pessoal: estou vivo! E a quase prima? Sim, uma história pitoresca, pessoal, que ficará para ser contada em algum momento.

No âmbito cultural, saiu no Correio Popular, jornal de Campinas, o resumo da participação da Academia Campineira de Letras e Artes na Semana Guilherme de Almeida desde ano, com alguma repercussão. O texto encontra-se em postagens das redes sociais ou pode ser solicitado para mim. Já havia lançado algumas considerações sobre o evento aqui (http://adilson3paragrafos.blogspot.com/2022/07/de-volta-ao-mundo.html). Também fiquei contente por um de meus escritos literários ter sido selecionado em concurso recente. É um pantun, um derivado da trova, que pode ser visto aqui: https://falandodetrova.com.br/pantuncaico2022r. Emblematicamente fiquei em 13. lugar! A parte política da escrita, por outro lado, é mais morosa. No site Brasil 247 sai de pronto: https://www.brasil247.com/blog/desonra-presidencial-e-a-inercia-em-notas-de-repudio. Divulgo sempre, repito-me até, mas é necessário fazê-lo, especialmente para os que ainda têm dúvida de minhas posições e convicções políticas - e éticas, no caso das eleições vindouras.

Comentários

  1. Parabéns, Adilson, pelo artigo e pelo cirandar poético nesse gênero denominado Pantun, o qual lhe agradeço nos ter apresentado. Muito interessante.

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  2. Ciência é necessária, ao lado da poesia. (PSV)

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  3. Parabéns pelo artigo e pela classificação no PANTUN, caro amico Adilson.
    Maria Felim.

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