Sejamos fortes

O título emula os dizeres euclidianos usados dois anos atrás (http://adilson3paragrafos.blogspot.com/2019/08/sermos-antes-de-tudo-fortes.html), isso porque nesta Semana Euclydes da Cunha usei parte da apresentação lá mencionada para aprofundar as discussões sobre o estabelecimento do texto do autor homenageado. Desta vez não estive em São José do Rio Pardo, mas em evento virtual na UFRJ, no qual inseri duas curtas apresentações para falar de tais correções e interlocuções com o autor de Os Sertões, e a comparação dessa obra com O Cearense, de Parsifal Barroso. O amador aqui se meteu com os grandes para aprender um pouco mais. O frio na barriga, feito as emoções adolescentes das primeiras vezes, estava ali, borboletando o estômago, como se diz. O melhor link, não apenas para os inscritos, é por meio do canal do Fórum Euclydes 112 no youtube, o qual reproduzo aqui para assistirem: https://www.youtube.com/channel/UCF8mqv9ZmQ4dhPfSLpOGyvg. São mais de 25 horas de palestras, discussões, cultura, apresentações de vídeos e filmes, homenagens, poesia e literatura, muita literatura. Há muito ainda para se aprender com Euclydes da Cunha, que vai além de seu "livro vingador" e adentra a poesia, a história, a sociedade, a política, a música e, é claro, a ciência. Um momento de falta de respeito foi a invasão de uma das sessões no momento de minha participação por simpatizantes de vocês sabem quem. Pouco interferiu no andamento, além de aguardarmos alguns minutos até expulsá-los da sala virtual.

Respeito foi o assunto do Lugar de Fala da revista CULT e meu texto, curta reflexão a partir da etimologia da palavra, está no link https://revistacult.uol.com.br/home/inerente-ou-ausente-respeito-sempre/. Curto mas intenso, dirá o pretenso escritor. Coragem está sendo cada vez mais necessária para garantir o respeito. Fortes teremos de ser para uma decisão segura quanto à volta ou não das aulas nesse momento de crescimento da variante delta do coronavírus (https://www.jcnet.com.br/opiniao/articulistas/2021/08/770968-insegura-volta-as-aulas.html). Ser forte não é ser inconsequente. Muitas vezes, a coragem se dá pelo recuo e reconhecimento de erros e não pela bravura indômita, bonita expressão e título de filme. Não adianta o governador dissolver seu comitê de aconselhamento porque os conselhos apontam em outra direção, o de não afrouxar o relaxamento agora. A epidemiologia respeita e segue regras naturais, apenas isso.

Semana de profusão de publicações, coincidindo a coluna do Jornal Cidade de Rio Claro (como sempre na página do Facebook) com outras de opinião política, explícita e contundente, para quem ainda não entende a tragédia que estamos vivendo (https://port.pravda.ru/cplp/53386-presidente_mente/). A respeito da junção do interregno olímpico com questões agrícolas e ambientais, sai hoje artigo em O Regional, jornal semanal de São Pedro (https://online.pubhtml5.com/yapw/lrmb/#p=6). De qualquer forma, espaços para escrita continuam, apesar da boa mentira criativa, que leva a textos de ficção, estar sendo transformada em espaços da realidade. O criminoso que usa a cultura para se promover criminalmente está com dias contados, assim espero. Em respeito aos leitores, paro com as lamúrias e encurtarei estes parágrafos, que continuam a ser três, dada sua origem.

Comentários

  1. Oi Adilson, como sempre, são ótimos os seus parágrafos.
    Temos mesmo que ser fortes e que o respeito seja o Norte de nossas vidas!
    Um grande abraço. Magda Helena

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  2. Bom falar sobre Euclydes da Cunha. Nas minhas experiências literárias esse é um autor emblemático, pois, apesar de amar literatura brasileira e ter lido Machado de Assis, José Lins do Rego, Jorge Amado, entre outros, nunca consegui concluir " Os sertões", talvez pela densidade da leitura ou pela minha pouca maturidade como leitora, naquele momento. Quem sabe não seja a hora de aproveitar a sugestão do amigo e bora ler Euclydes. Fiquei motivada para tal. Abraço

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  3. Variedade de assuntos, sempre com muita clareza e na hora certa.

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  4. Andou bem a Cult em propor "Respeito" como tema. É preciso pensar sobre isso. O blogueiro não lamuria; apenas denuncia, indignado. Todos nós lamentamos este momento crítico do nosso país.

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