Maternidade: palavra como opção

As datas comemorativas ou de rememoração do mês de maio carregam conotações que, de certa forma, falseiam a História e, por isso, não me atenho muito a elas. Há que se registrar que hoje, 13 de maio, se completam os 140 anos do nascimento de Lima Barreto, junto com os 133 da assinatura da chamada Lei Áurea. Com Lima estou em débito quanto à sistematização de seus textos pouco conhecidos e inéditos em livro, pois o tempo tem me consumido com outras palavras. Passei à contagem de certos vocábulos ditos na CPI da Pandemia no Senado Federal com o intuito de avaliar se os verdadeiros problemas da doença são ali tratados. Insano ou insone, dirão, mas fiz tal tarefa. Uma primeira abordagem foi a comparativa entre os ditos pelo ministro atual e pelos dois ex-ministros da Saúde. Outra foi exclusiva sobre o que falou o presidente da Anvisa. O Boletim Anti-Covid publicou tais análises que dão uma dimensão por onde caminhamos. Vejam no site (https://sites.google.com/unesp.br/boletim-anti-covid-19/) ou no blog (https://bacunesprc.blogspot.com/2021/05/depoimento-do-presidente-da-anvisa-cpi.html).

O dia das mães também aconteceu. Procurando não aglomerar, vi a Estação Espacial Internacional (ISS na sigla em inglês) caminhando pelo horizonte de fim de tarde daquele domingo. Reflexo da luz do sol, exercício mental de tangenciamento para entender, uma vez que a estação está a cerca de 400 km da superfície terrestre. Por isso a visão se dá principalmente à tarde. A ISS não possui iluminação própria suficiente para ser vista a olho nu. Explicação científica simples que descubro também estar sendo refutada pelos amantes do negacionismo. A admiração de um objeto colocado em órbita se transformaria em irritação. O condicional do verbo é porque tenho a escrita que substitui os embates figadais pela leveza do uso mental para elaboração da melhor manifestação. Isso resolve, ainda que nem tudo seja publicado e lido. O Brasil 247 continua publicando, rapidamente, os textos elaborados a partir de cartas ignoradas pelos jornais. Minhas palavras mais recentes podem ser lidas aqui: https://www.brasil247.com/blog/covardia-multipla-institucional. As revistas semanais, já afirmei, diminuíram ou extinguiram seus espaços aos leitores. A piauí não, continuo lá marcando presença mensalmente.

Quanto à maternidade, concordo que a vou deixando aqui sem a devida emoção, ficando claro que tais lembranças são importantes mas dão um ar de alienação e isso me incomodou na hora de fazer uma trova referente ao que o mês de maio representa para muitas pessoas. Busquei até outras palavras para expressar que maternidade é uma concepção múltipla, porém, a maioria dos colegas impregna a poesia com sua religiosidade. Afugenta-me, bem o sabem; respeito a devoção que suplanta a posição e a poética. Tocou-me, portanto, falar mais da maternidade como opção, pedi desculpas pela trova que escrevi e declamei, a qual pode ser vista aqui (https://www.youtube.com/watch?v=hW4KCAFAgoQ). A introdução e a vinheta final foram elaboradas pela nossa presidente da UBT Seção Campinas, Maria Cristina de Oliveira.

Comentários

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    1. O comentário foi retirado.porque saiu com erro. MAS dizua que o enfique feito.por vc foi eloquente principalmente no.tocante ao dia dss mães o que me inspirou a fszer um poema que publiquei no site da Acla.

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