Ares de mudança

Finalmente, Donald Trump deixa a Casa Branca. Eu estive nos Estados Unidos quatro anos atrás, uma semana depois da posse do Republicano na presidência daquele país, e vi, pela primeira vez em minhas viagens, um protesto contra ele no aeroporto de Orlando em função das medidas xenófobas de impedir a entrada de imigrantes. Meu testemunho foi enviado como carta para a Folha de S. Paulo e publicado (para quem tem acesso, eis o link: https://www1.folha.uol.com.br/paineldoleitor/2017/01/1854403-leitor-diz-que-carmen-lucia-livrou-se-brilhantemente-de-uma-saia-justa.shtml). O governo iniciava com muitas dúvidas e a certeza de que seria de extrema direita. Os fatos confirmaram as premissas iniciais e, apesar de uma economia estável, Trump não soube lidar com a pandemia, o que foi o motivo principal de sua derrocada, para benefício de 99% população mundial, restando apenas os 75 milhões que nele votaram. Ares de mudança ou ao menos retorno a tempos menos cruéis. Que cheguem aqui.

A vacinação contra o coronavírus avança no mundo e o Brasil, ainda que atrasado, começou a vacinar, iniciando por São Paulo, tornando um grande feito científico e tecnológico do Instituto Butantã e político do governador do Estado. Foi no mesmo domingo em que a Anvisa superou as dúvidas sobre ser influenciada pelo governo federal e anunciou os pareceres técnicos de aprovação de uso emergencial das vacinas. A dúvida era grande porque o diretor daquela instituição já se apresentou junto ao presidente sem máscara, sem respeito às medidas de contenção da pandemia e apoiando discursos negacionistas sobre a covid-19. A ciências venceu uma batalha, pois, mas precisamos derrubar vários outros mitos. Um deles é o da descrença na vacina e na propaganda criminosa que é feita com mais mentiras e discurso político superando o da necessidade de proteção de nossa população. Não há mal que sempre dure, diz o ditado, mas, por aqui, o malefício do culpado torna-se eterno para os que têm sua vida ceifada. Como já escrevi alhures, faltam-nos também a vacina política e a vacina contra a ignorância. Para a questão da pandemia, o Boletim Anti-Covid que editamos na Unesp Rio Claro, continua sendo uma fonte da informação necessária e balizada (https://sites.google.com/unesp.br/boletim-anti-covid-19/). #IniCiencias

E os ares da Cultura, como ficam? Em Campinas assumiu a pasta municipal a Sandra Ciocci, doutora em música, defendendo de início a manutenção e revitalização da Orquestra Municipal e a importância do Conselho de Cultura. Espero que olhe também para as inúmeras formas de manifestação cultural, não apenas as clássicas. Além do dia histórico da posse de Joe Biden na presidência dos EUA, neste 20 de janeiro completam-se 155 anos do nascimento de Euclydes da Cunha, escritor maior e patrono da Academia de Letras de Lorena. Comemorado de diversas formas e em inúmeros lugares, não poderia deixar de destacar o site Lorena Filatelia, mantido de forma dedicada e competente pelo acadêmico José Antônio Bittencourt Ferraz (https://lorenafilatelia.blogspot.com/), e a interpretação do poema "Tristeza", feita pelo estudioso e meu amigo Felipe Pereira Rissato (http://youtu.be/1dxUjREj8fo).

Comentários

  1. Mudam ia ares ao norte, mantém-se a pestilencia cá ao sul. Um dia passa...

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  2. Adilson: Como foi gratificante, conhecê-lo!
    Você amplia meus ( nossos) horizontes com seus conhecimentos e discernimentos, com sua total sabedoria, bio, psíquica, sócio, filosófica. GRATIDÃO por aceitar ser meu amigo!
    dalvasaudo@gmail.com

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  3. CARÍSSIMO CONFRADE, AGRADEÇO AS SUAS ELEGIOSAS E INCENTIVADORAS PALAVRAS DE APOIO AO BLOG E MEU HOBBY – A FILATELIA.

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