Ultimatum
Em pouco mais de 24 horas um novo ano civil se inicia. Para o cosmos isso nada significa, porém, psicologicamente, deixaremos para trás um ano insano. Quer dizer, o calendário muda sem alterar as mazelas consequentes da pandemia global e do desgoverno local. Não haverá reunião familiar íntima, nem vistas de fogos de artifício, muito menos o amanhecer na praia para ver o primeiro nascer do sol do ano. Ausências para os que têm consciência. Infelizmente, a evolução de nossa espécie não é completa e desinteligência constitui elemento de ampla incidência na população. Ah, mas e a saúde mental? Morto não possui mente. Ou ainda: vivo mente e morto não tem mente. Resposta simples, direta e mal-educada, já que explanações científicas detalhadas foram e são difíceis de serem aceitas. Paradoxalmente, 2020 foi um ano de grande crescimento da ciência avaliado por publicações e conquistas, as vacinas sendo uma delas. #IniCiencias
Junto a esta postagem do blog, saiu hoje uma publicação no Brasil 247 com algumas considerações sobre julgamentos no STF. A inspiração (podem conferir aqui), veio da leitura de José Saramago, de algum tempo atrás, combinada com as onipresentes e intermináveis idiossincrasias jurídicas de nosso aparato legal. Além disso, podem sair comentários sobre as festas na Argentina, país que iniciou a vacinação contra a Covid-19 antes de nós e aprovou legislação avançada para descriminalizar a prática de aborto em amplo conjunto de situações. O efeito Orloff invertido poderia, enfim, vir a se realizar. No pleonasmo das frases soltas, são as derradeiras e últimas palavras a serem registradas neste ano que, ainda por audácia, teve um dia a mais. Não torturarei mais os leitores, ainda que metaforicamente, mesmo porque tortura é crime e assunto sensível a quem dela foi vítima. Só ao covarde cabe dela duvidar ou ela praticar.
Mais ganhos ou mais perdas, blogueiro ilustre? Ou uma melancólica estagnação?...
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