Graus de ligação em junho

O feriado em Rio Claro junta o aniversário da cidade com as festividades de São João. Virtuais, as quadrilhas e quermesses lembram que o combate ao novo coronavírus e à doença dele resultante, a Covid-19, deve ser constante e ininterrupto. Após a saturação dos leitos hospitalares na Cidade Azul, o prefeito resolveu retroceder na flexibilização do comércio. O grupo de pesquisadores da Unesp, que está analisando a evolução dos dados públicos divulgados pela área de saúde, já havia feito o alerta sobre a alta taxa de contaminação em Rio Claro devido à drástica queda do isolamento social na cidade. O boletim daí resultante, editado pelo menos uma vez por semana, pode ser consultado neste link: https://sites.google.com/unesp.br/boletim-anti-covid-19/ , com arquivo das edições antigas para avaliar a evolução desses estudos e opiniões. A ciência cumpre seu papel de interlocução e tem sido ouvida por algumas autoridades mais cientes, ainda bem. Apesar da maioria de ouvidos moucos, continuemos nosso mister de juntar as informações. #IniCiencias

As mudanças de estação caminham sem tradicionais banhos de piscina, corridas ao ar livre e saídas para almoços ou jantares em restaurantes. Assisti ao pôr do sol daquele solstício de 20 de junho, mas nem tentei saber do eclipse solar no dia seguinte. Mudamos os hábitos, entre aprendizados e frustrações, dependências e convivências. É um deleite ler trabalhos e postagens que tratam de interdependências e correlações entre fatos, e o blog Lorena Filatelia (https://lorenafilatelia.blogspot.com/), do meu colega Acadêmico José Antonio Bittencourt Ferraz, é um dos que mais visito. Ali aprendi que até Ernest Rutherford teve alguma animosidade contra a Química, mesmo tendo sido premiado com o Nobel dessa doce e nobre ciência. Os graus de ligação entre as pessoas são expressos também pela poesia. No meu perfil do Facebook está o poema com um pouco dessas angústias, também publicado hoje no Caderno Literário Pragmatha, edição 85 (https://www.facebook.com/adilson.goncalves.9847).

Os leitores deste espaço não são tão poucos assim e possuem altíssimo nível de crítica. Vocês têm feito sugestões de temas a serem discutidos, alguns muito além de minha capacidade ou conhecimento e, outros, distintos da tentativa de reflexão de temas que se alinhavem dentro dos restritos três parágrafos. Mas não entendam como desprezo ou falta de ligação com a necessidade de discussão, por favor, apenas uma característica minha. Vez ou outra faço aqui uma citação ou levo tais argumentos para publicar alhures, sempre com a devida anotação da fonte. Posicionar-se politicamente leva a contestações, controvérsias e até perseguições. Aqui as postagens procuram ser não tão incisivas, mas, como viver é tomar partido, não me intimido com isso. Mas é curioso que certos jornais, como o Estadão, publiquem cartas de leitores com os e-mails, o que permite a existência dos fiéis odiadores de plantão. Somente se manifestam ao autor da missiva, às vezes sem identificação, e com vernáculo impublicável. Rio.

Comentários

  1. Não há pandemia capaz de inibir a capacidade de pensar. O importante não é concordar, mas pensar com isenção. Parece fácil, mas não é.

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