Na pele do outro

Mesmo em tempo de reclusão em casa, minha interação nas chamadas redes sociais é burocrática. Uso o Facebook (https://www.facebook.com/adilson.goncalves.9847) e o Twitter (@adilsonrg) para republicar os artigos, poemas e outros escritos que saem em veículos impressos e sites. Além disso, faço um ou outro comentário e dou as 'curtidas' nas postagens que julgo interessantes do que aparece na minha linha do tempo (a timeline ou TL para os que preferem a língua de Shakespeare e suas adaptações). Creio que cumprimentar as pessoas pelo aniversário - o que procuro fazer todo dia - as faz buscar por quem eu sou e verificar minhas postagens e posições para, então, desfazer a tal da amizade. Fato é que o número de amigos está sempre no máximo de 5 mil que a plataforma permite, mas com um fluxo diário de entrada e saída de 2 a 4 perfis. Não deveria ser o objetivo tais contatos canalizarem para apenas para os que possuem visão de mundo próxima à sua, mas é o que de fato acontece. Pouco espaço existe para ocupar o lugar do outro e melhor entender seus argumentos e concepções. Porém, são principalmente os extremistas fascistóides que me abandonam, o que acaba por ser muito bom.

O imprescindível afastamento social que nos obriga a ficarmos em casa como a única forma de impedir o colapso do sistema hospitalar frente à pandemia em curso é também um balizador das diferentes formas de trabalho e de atenção que os governos dão ao capital e às pessoas. Enquanto há países com evidente preocupação com a saúde de seus habitantes, em outros, como o nosso, o descaso é absoluto. O teletrabalho funciona bem para um conjunto pequeno da população e a proteção social deveria ser aplicada aos demais para a manutenção de um sistema que se mostra cada vez mais injusto e inadequado. Mas é o que existe, por enquanto #IniCiencias . A falta de pulso político e de conhecimento científico do que está em jogo leva a consequências trágicas. O empilhamento de caixões nos cemitérios é a imagem da situação. Reflexões que julgo importantes, ainda mais neste emblemático Dia do Trabalho, com manifestações on-line em grupo e a presença de verdadeiros líderes do país. #Ficaemcasa

O texto sobre o rótulo de proteção comercial a produtos e serviços que tenham respeitado a quarentena foi recusado pela Folha de S. Paulo, como previsto na postagem da semana passada. No entanto, foi um veículo inusitado que o publicou, a edição em português do site do jornal russo Pravda, encontrado em insones navegações noturnas: http://port.pravda.ru/news/science/25-04-2020/50476-isolamento_social-0/. O erro de concordância no parágrafo de frase única, no meio do texto, não foi corrigido, podem conferir. Versão resumida foi encaminhada para o Jornal Cidade de Bauru, mas não estou na pele dos editores para saber detalhes de suas restrições e cortes nesses árduos tempos de novo coronavírus e covid-19. Antes a comunicação com esse veículo era rápida com franco interesse pelos artigos.

Comentários

  1. Hoje é o dia do trabalho
    Ironicamente hoje os trabalhadores não trabalharão, e todos gostariam de estar na ativa, pegando seus ônibus ou seus carros e impulsionando a economia do país.Mas hoje é um feriado diferente Estamos em casa obrigados pela pandemia de um vírus perigoso.Uma época de reflexão, de recolhimento.Estsmos em casa orando pela salvação do planeta e pelo restabelecimento da vida

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  2. Haverá no blogueiro uma ponta de melancolia, como em todo brasileiro? Lucidez e exercício do pensamento, eis o remédio.

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  3. Hoje é Dia do Trabalho. Não devia ter festa, como nos últimos tempos, nem orações, senão reclamação contra os presidentes vigaristas que perdoam impostos às grandes empresas e milionários, entregam o patrimônio do pais, e sua força de trabalho, reverenciam bandeiras estrangeiras. E contra as grandes empresas, esportistas e bilionários evasores, contra o aumento do preço dos alimentos e medicamentos, contra a Reforma Trabalhista, Previdenciária, etc., etc.,

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  4. Infelizmente, uma parcela relevante da população brasileira não acredita na seriedade dessa doença; se mesmo o chefe da nação faz declarações minimizantes sobre sua gravidade, por que um povo acomodado e individualista como o nosso (evidentemente nem todas as pessoas) iria acreditar?

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