Ficção e realidade no isolamento

Encarei o desafio da literatura de ficção e retomei a leitura das Crônicas de Gelo e Fogo, de George Martin, que foram transformadas na série de sucesso Guerra dos Tronos. Não assisti a nenhum dos episódios desse longo programa de tv, mas soube de sua repercussão e até de desdobramentos por inevitáveis comentários ouvidos e lidos. Os livros eu havia comprado bem antes do início da série, impulsionado pela comparação favorável com Senhor dos Anéis, de J.R.R. Tolkien - outro sucesso literário convertido em vários filmes -, e os tinha começado a ler, mas parei devido a outro interesse ou compromisso. A trilogia de Tolkien também eu havia lido muito antes dos filmes, estes que conseguiram fazer um bom resumo do conteúdo dos livros, muito mais ricos em detalhes, conflitos e construção de personagens e histórias. Basicamente estou convertendo o tempo que usava para o transporte até o laboratório da Unesp em Rio Claro para essas leituras diárias de ficção e de fôlego.

Ficar em casa não significa ter mais tempo livre, repetimos ad nauseam. Precisamos de adaptação e aprendizado para novas tarefas, como a melhor forma de interagir pelo vídeo nas inúmeras aulas e reuniões virtuais às quais somos "convidados". Procuro dar resposta a tudo&todos, mas verifico que mesmo assim algo fica para trás. Um e-mail não respondido, uma postagem não comentada ou mesmo o atraso nas postagens do blog. A audiência de meu blog despencou, o que não é parâmetro, eu sei, mas é significativo para mim. Na enormidade de avisos para acompanhar sites e depoimentos - verdadeiros ou não -, nos perdemos e torna-se salutar não responder a todos. O importante é #ficaemcasa.

Na semana passada o cientista e divulgador de ciência Átila Iamarino deu entrevista no programa Roda Viva da TV Cultura, falando sobre o coronavírus e a Covid-19, com enorme audiência. Tanto é que o programa precisou ser prolongado em dez minutos e foi reprisado no domingo passado. Usei tal informação para sugerir que as pessoas em grupos virtuais típicos de propalar fakenews assistissem a tal entrevista e, surpreendentemente, a resposta que recebi foi que tais pessoas já haviam assistido ao programa, elogiando-o e considerando-o muito bom! Vá entender. Talvez seja a síndrome de "esta carapuça me serve, mas não vou vesti-la na sua frente". Contribuí com alguns alertas sobre matérias anti-científicas publicadas e uma delas foi o artigo "Ciência não é crença", no Correio Popular de Campinas, cuja cópia pode ser lida no meu perfil do Facebook (https://www.facebook.com/adilson.goncalves.9847) ou no Twitter (@adilsonrg). O site Brasil 247 também tem aberto espaço para divulgação de reflexões políticas sobre o momento distópico pelo qual passamos. Minha mais recente publicação foi "Crimes e troca" ( https://www.brasil247.com/blog/crimes-e-troca ). Assim seguimos, em casa e ligados no mundo. #IniCiencias

Comentários

  1. Depois que li na pagina da Sonia Racy esta pérola-" Crianças de baixa renda e com deficiência......."
    "Liberdade de expressão" tem servido para atacar a verdade, fazer com que o vil pareça belo, a estupidez vire ciência e a canalhice se confunda com o humor."( sei o milagre mas não o santo)Como todos os médicos e os curiosos concordam que esse vírus é envolto em gordura, por esse motivo o uso do sabão da espuma para mata-lo, por que não usar esse santo remédio nos boca sujas que só falam palavrões e inventam mentiras, matando dois coelhos numa cajadada só?

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  2. Pelo menos duas coisas estamos aprendendo: o valor da ciência e o dos humildes trabalhadores de serviços imprescindíveis.

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  3. Recebi um.email de notificação promovendo seu blog e cá estou, reflexão salutar nesse momento q passamos

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