Mês de Carlos Gomes

No ambiente reformado da Academia Campinense de Letras, tivemos o privilégio de ouvir seu Presidente Jorge Alves de Lima, que, de forma muito enfática, emotiva e profunda, discorreu sobre o ser humano, o homem que constituiu Antônio Carlos Gomes. Compartilhou conosco algumas das angústias, opiniões e controvérsias do Maestro. A brilhante palestra foi ilustrada com músicas de Carlos Gomes em coral, canto lírico e ao piano. Um mês dedicado ao grande - e, por vezes, olvidado - compositor campineiro. A programação extensa segue e hoje, 5 de setembro, haverá um concerto no Centro de Ciências Letras e Artes às 20h. Cheguemos antes para apreciar também a exposição artística e lançamento de livro.

Cobro-me em fazer alguns apontamentos sobre a presença de Carlos Gomes em jornais da quase onipresente hemeroteca da Biblioteca Nacional e deparo com imprecisões de datas sobre sua morte e nascimento. Uma delas registrou o nascimento no ano de 1839, ao invés do correto 1836. A explicação pode ter sido a inversão do tipo, uma vez que todo o jornal era composto quase que manualmente, letra por letra, caracter por caracter. A base do historiador é o material consultado e isso demanda que se aprofunde nas fontes para evitar o estabelecimento do fato de forma equivocada. Não que a abundância de informação signifique proximidade com a verdade, haja vista o que vemos em tempos correntes. Mas a distância temporal e geográfica pode levar a inusitadas imprecisões. O Maestro deu nome a logradouros e veículos oficiais quase logo após sua morte, também objeto dessa minha contribuição em elaboração, avaliando a possibilidade de se tratar de homônimo. #IniCiencias

O mês de Carlos Gomes acomoda várias outras efemérides, como a do Dia do Profissional da Educação Física, no primeiro dia de setembro, e o dedicado aos Biólogos, no dia 3. Muitos colegas, alunos e orientados tiveram sua formação em Biologia e o trabalho conjunto com a Química é inevitável para um aprofundamento do conhecimento e do saber nessas ciências naturais. Paradoxalmente, hoje é também o dia mundial da Amazônia - previsto quando a região não ardia em mãos ineptas - e no sábado será a comemoração do dia em que o Brasil passou a existir de forma oficial e independente. Desta vez, à luz das chamas, será um dia para vestir preto.

Comentários

  1. Muito a propósito ! Tão grave quanto deixar queimar nossas florestas seria deixar queimar a memória das grandes cabeças que o país já produziu. Valeu, blogueiro!

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