Política no calor do momento
Medir os amigos pela régua das redes sociais? Ficaria só, sem interlocutores e talvez até duvidando da própria existência. Lamento que pessoas com quem compartilhei aventuras, dramas, mobilização, atitude, choros, ativismo, festas e alegrias tenham posicionamentos políticos tão assustadores. Longe da verdade absoluta estou eu, tal qual estão todos eles. É que fica faltando um encaixe entre o discurso de outrora e o apoiamento de agora. Mas - até pronunciamento em contrário - são meus amigos. Governo está diretamente relacionado com a coisa pública e a educação sempre foi minha salvação, meu orgulho e meu ganha-pão. Educação pública, inclusiva e de qualidade é, pois, algo muito valioso para mim e a defenderei sempre. Em todos os níveis.
Sendo política o assunto, arrisco-me em algumas avaliações, face às mais recentes pesquisas de intenção de voto para presidente. Um retrato do momento, como todos falam. A previsão de que, mais uma vez, teríamos um embate entre PT e PSDB parece longe de se confirmar. Na verdade, o cenário - sempre mutável - está mais para 1989 do que para as seis eleições seguintes. Detalhando os números do Ibope para o segundo turno, vê-se empate absoluto em vários cenários avaliados, mantendo-se no total cerca de 20-23% de não-votos (brancos, nulos e indecisos). É a mesma faixa de não-votos do primeiro turno. Ou seja, parte significativa dos que votam em candidato de uma dada corrente política no primeiro turno não se incomoda em votar em candidato de outra corrente no segundo turno, uma vez que seu candidato não foi à frente. Vamos ver a evolução desse retrato móvel nas próximas pesquisas.
Para não ser propagador de boatos e meia-verdades, sendo também justo com a Folha de S.Paulo citada na postagem anterior, uma matéria sobre o seminário pós-verdade foi publicada pelo jornal no endereço https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/09/fake-news-sao-risco-a-democracia-dizem-especialistas.shtml . Aproveito para fazer propaganda do texto que escrevi sobre o assunto na revista eletrônica ComCiência (http://www.comciencia.br/tag/fakenews/). A Unicamp também noticiou o evento por ela sediado (https://www.unicamp.br/unicamp/ju/noticias/2018/09/14/crescimento-das-fake-news-influencia-agenda-publica-e-requer-acoes).
Sendo política o assunto, arrisco-me em algumas avaliações, face às mais recentes pesquisas de intenção de voto para presidente. Um retrato do momento, como todos falam. A previsão de que, mais uma vez, teríamos um embate entre PT e PSDB parece longe de se confirmar. Na verdade, o cenário - sempre mutável - está mais para 1989 do que para as seis eleições seguintes. Detalhando os números do Ibope para o segundo turno, vê-se empate absoluto em vários cenários avaliados, mantendo-se no total cerca de 20-23% de não-votos (brancos, nulos e indecisos). É a mesma faixa de não-votos do primeiro turno. Ou seja, parte significativa dos que votam em candidato de uma dada corrente política no primeiro turno não se incomoda em votar em candidato de outra corrente no segundo turno, uma vez que seu candidato não foi à frente. Vamos ver a evolução desse retrato móvel nas próximas pesquisas.
Para não ser propagador de boatos e meia-verdades, sendo também justo com a Folha de S.Paulo citada na postagem anterior, uma matéria sobre o seminário pós-verdade foi publicada pelo jornal no endereço https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/09/fake-news-sao-risco-a-democracia-dizem-especialistas.shtml . Aproveito para fazer propaganda do texto que escrevi sobre o assunto na revista eletrônica ComCiência (http://www.comciencia.br/tag/fakenews/). A Unicamp também noticiou o evento por ela sediado (https://www.unicamp.br/unicamp/ju/noticias/2018/09/14/crescimento-das-fake-news-influencia-agenda-publica-e-requer-acoes).
Política é campo tão instigante quanto perigoso, quando a amizade fica por perto. Melhor recuar dois ou três passos e exercitar o olhar a certa distância. Até porque as coisas mudam, os ventos passam, as águas correm. É preciso que tudo mude para que tudo continue na mesma... Mas não custa refletir e tentar aprender alguma lição. O panorama político brasileiro é mesmo espantoso!
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