De volta ao mundo

O povo entra em férias e cai pela metade a audiência do blog. A premissa ao menos vale aos que seguem um calendário escolar, atrasado para uns, fragmentado para outros, nebuloso para todos. Também nos altos escalões do poder, a folga se faz presente. É um outro mundo. Sem celebridades para chamar a atenção para as postagens, aumentando as interações virtuais, fico com minhas singelas reflexões e clamando por algumas marcas. A de hoje? Tinha de ser num 13 o dia mundial do rock, jabuticabamente comemorado somente aqui, ainda que lembrando aquele Live Aid de 1985, ano de meu ingresso na Unicamp. Um gênero musical que consegue conciliar estímulo sonoro, balanço do corpo, poesia na mente, perenidade, além do protesto e posicionamento político. Rock é atitude. Na verdade, a data foi ontem, porque hoje já é aquela data multifuncional, da queda da Bastilha ao aniversário desta Campinas, terra das andorinhas, e também do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Campinas, presidido pelo Fernando Abrahão, falecido há duas semanas (http://adilson3paragrafos.blogspot.com/2022/06/orgulho-de-viver-e-lembrar.html).

Nesta Campinas aniversariante, ainda há algumas considerações sobre a semana Guilherme de Almeida, iniciadas na postagem anterior (http://adilson3paragrafos.blogspot.com/2022/07/modernas-resistencias.html). O jornal Correio Popular deve publicar minhas impressões sobre o evento coincidente com o feriado da Revolução Constitucionalista, ocorrido na sede da Academia Campineira de Letras e Artes. Complemento que a escritora e acadêmica Nilza Amaral escreveu algumas linhas sobre Guilherme de Almeida e dele selecionou alguns poemas, textos que foram lidos na reunião pela Vera Pessagno, com sensível interpretação própria e complementos que muito enriqueceram essa conversa a três, incluindo o próprio poeta inspirador. Um diálogo em triângulo, subvertendo a lógica semântica. Enalteci o sentimento com que Cezar Freysleben se aproxima das teclas do piano e traduz sua música. Sentimos não apenas a música, mas também o sentimento do pianista, semelhante à admiração das obras dos artistas plásticos na galeria. Nessa junção da arte com a ciência, segui localizando uma e outra nesta publicação: https://port.pravda.ru/sociedade/55612-arte_ciencia/.

A ciência também assiste a ficção. E olha que a preposição poderia ser craseada ou não, dependendo se virmos como passiva ou ativa a função do sujeito frente ao objeto da frase. A pesquisa que faço é meu trabalho e vez por outra é reconhecida, tal como o prêmio CRQ já noticiado e que também foi matéria no Jornal Cidade de Rio Claro (https://www.jornalcidade.net/rc/premio-de-quimica-tem-destaques-de-rio-claro/225024/). Nos primórdios da ficção científica em larga escala, o Júlio Verne nos relatou sua volta ao mundo em 80 dias, ou desafiou-nos que, em 80 dias, podia-se dar a volta ao mundo, de forma revolucionária, com o perdão do trocadilho do termo. 80 dias apenas, um tempo de espera, de receio, de angústias, mas também de esperança. A contagem regressiva assim continua, pois espero estarmos de volta ao mundo em 80 dias!

Comentários

  1. Como sempre bom texto.Obrigada pela citação de meu trabalho

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  2. Cada um espera aquilo que que lhe seja melhor e isso tem haver com consciência e não com ciência. Deus transcede a dualidade.

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