Mundo mais leve

O blog não é um obituário. Algumas mortes e aniversários são apresentados como fio condutor para encadear os assuntos pelos parágrafos. Sim, o mundo amanheceu mais leve, o que não significa alteração de sua gravidade, trocadilho devidamente posto. A discussão em torno do uso de palavras escorregadias pode adentrar alguma suposta base filosófica. Isso foi visto nas chamadas redes (anti)sociais e entendi que os limites do luto não são tão claros, que pode chegar ao júbilo em certas - e devidas - situações. Tenho desconforto para lidar com conhecimentos na área de Humanidades devido a minha formação precária. Contorno a lacuna, como já afirmei aqui e alhures, por meio de leituras selecionadas, o que me fez leitor contumaz da revista CULT. Neste mês, parecendo presságio, foi publicada edição especial sobre Donald W. Winnicott, psicanalista e pediatra, estudioso das  questões mentais especialmente das crianças. A revista traz, com profundidade e assinatura de especialistas em várias áreas, a discussão sobre cultura, filosofia, literatura, psicanálise, história e ciências sociais. Diferente da propalada filosofia do conflito, que obscurantistas continuam a defender e nomear herdeiros.

O cumprimento pelo aniversário aos amigos nas redes sociais (retirei o anti que vinha antes) vai sempre com a ressalva de manter a segurança na comemoração. O aviso tornou-se repetitivo e, em alguns casos, já mandei a mesma mensagem duas vezes para o aniversariante com a possibilidade de recebê-la pela terceira vez, caso a pandemia continue por mais dois meses, como já está bem provável. Calcula-se que o pico das infecções pela variante ômicron do Sars-Cov-2 se dará em meados de fevereiro. Como sempre, para entender um pouco mais sobre essa nova dinâmica infecto- e imunológica, são nas fontes seguras que se deve ir. O Boletim Anti-Covid da Unesp de Rio Claro é uma delas (https://sites.google.com/unesp.br/boletim-anti-covid-19/). Outras são os comunicados de cientistas que atuam na área e não de divulgadores de fakenews pelos grupos de WhatsApp. Dois anos depois, no Brasil, inicia-se uma discussão para ampliar a testagem da população. Pode já ser tarde, mas na dimensão individual é importante saber se é portador do coronavírus, o que poderia contribuir para o entendimento do comportamento da doença, caso fosse realizada uma testagem em massa.

No âmbito das vacinas, aliviamos a carga de hospitalizações e de mortes pela larga aplicação, ainda que oficialmente dificultada. Nesta nova etapa de vacinação contra a covid-19, surpreende "a pureza da resposta das crianças" que defendem a vida, por tão bonita que é. A mídia honesta e as redes sociais de não negacionistas têm retratado a criançada tomando a necessária e saudável picada no braço. Alguns relatam a dor que sente, mas que vale a pena pela proteção obtida. O difícil é convencer algumas "autoridades" da saúde sobre o óbvio. Meus sobrinhos menores estão na fila; o mais velho já está imunizado e o mais novo ainda aguarda a chegada de lotes da Pfizer porque a CoronaVac não foi aprovada para a idade dele. Há muitos médicos criminosos por não respeitarem a ética profissional, mas tomei conhecimento de pediatras que se manifestaram contra a vacinação infantil! Literalmente, é o fim da picada. #IniCiencias

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